Você pode estar vivendo com um coração muito mais velho do que imagina: descubra agora

Um estudo recente liderado pelo sistema de saúde Northwestern Medicine, nos Estados Unidos, revela um dado alarmante: muitos adultos podem ter corações com idade biológica bem maior que a idade do restante do corpo. Para alguns indivíduos, a diferença ultrapassa uma década, e especialistas apontam hábitos de vida pouco saudáveis como o principal motivo.

A pesquisa analisou informações de 14 mil pessoas sem histórico de doenças cardiovasculares utilizando uma espécie de “calculadora de idade cardíaca”.

É possível “igualar” a idade do coração com a idade do corpo?

A ferramenta estima a idade real do coração com base em fatores de risco comuns, como pressão arterial, colesterol, diabetes e tabagismo, permitindo traduzir porcentagens de risco em algo mais concreto: a idade do órgão. O estudo foi publicado na revista JAMA Cardiology e já está disponível online para uso gratuito.

Os resultados mostraram diferenças importantes entre homens e mulheres. Em média, o coração das mulheres era 4,1 anos mais velho que sua idade cronológica, enquanto nos homens a diferença atingia 7 anos.

A pesquisa também destacou disparidades significativas entre grupos sociais: homens negros apresentaram coração até 8,5 anos mais velho que sua idade real, contra 6,4 anos nos homens brancos. Mulheres negras e latinas também tiveram idade cardíaca maior, assim como indivíduos com menor renda e escolaridade.

Segundo a líder do estudo, Sadiya Khan, essas informações são essenciais para identificar quem está em risco e motivar mudanças de hábitos. A ferramenta é especialmente útil para a atenção primária, ajudando médicos e pacientes a conversar sobre prevenção de forma prática.

A boa notícia é que o coração mais velho não é um destino imutável. Exercícios físicos, dieta equilibrada, controle de pressão e colesterol e abandono do tabagismo podem reduzir a diferença entre a idade cardíaca e a idade real, promovendo um envelhecimento mais saudável e aumentando a expectativa de vida.