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A teoria sobre ‘O Iluminado’ que mais chateava Stanley Kubrick

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O Iluminado (1980), clássico de Stanley Kubrick, tem sido um dos filmes mais citados ao longo dos anos quando o assunto é “mensagens subliminares” no cinema.

Baseado no romance homônimo de Stephen King, o longa-metragem traz Jack Nicholson no papel de Jack Torrance, um escritor atormentado por um bloqueio criativo ao se tornar zelador de um hotel fechado durante rigoroso inverno nos Estados Unidos.

Dentre as teorias criadas a respeito do filme, uma alega que todo o roteiro criado por Kubrick seria, na verdade, uma alegoria do Holocausto. Diversos símbolos supostamente indicariam essa hipótese.

No documentário Room 237 – O Labirinto de Kubrick (2012), por exemplo, o professor de história Geoffrey Cocks diz que o repetido uso do número 42 em várias cenas seria uma clara referência à Conferência de Wannsee, realizada em 1942 e conhecida por instituir a “Solução Final” para extermínio do povo judeu (via BBC).

No entanto, Jan Harlan, produtor executivo e cunhado de Stanley Kubrick, garante que tal teoria não poderia ser mais equivocada. Segundo ele, o aclamado diretor jamais teve intenção exaltar ou mesmo retratar o Holocausto por meio de O Iluminado.

Em entrevista à Entertainment Weekly (via Far Out), Jan Harlan afirmou:

“Após sua morte, surgiram essas teorias que eram engraçadas e, em parte, ofensivas. A mais ofensiva é a ideia de que O Iluminado é um filme sobre o Holocausto.”

Segundo o cunhado, tal hipótese seria encarada como um completo escárnio por Kubrick:

“Isso é ultrajante. É um insulto a Kubrick, que ele aborde o crime mais grave da história da humanidade de uma forma tão leve, e também um insulto às vítimas do Holocausto. As outras ideias são muito mais inofensivas, onde erros de continuidade são atribuídos com significado profundo.”

Mais sobre Stanley Kubrick

Em sua filmografia, Stanley Kubrick abordou variados temas, dentre eles o da guerra, como em Nascido Para Matar (1987), mas com foco voltado para o Vietnã, e não no Holocausto ou na Segunda Guerra Mundial.

O cineasta, que também dirigiu clássicos como 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968) e Laranja Mecânica (1971), faleceu em 1999, aos 70 anos.

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