Celebridade
Médico alerta sobre doença de filha de Renato Gaúcho: ‘Condição neurológica’

Em entrevista à CARAS Brasil, o Dr. Saulo Nader fala sobre uma doença que Carol Portaluppi revelou no final de 2024; saiba mais
Carol Portaluppi, filha de Renato Gaúcho, revelou um diagnóstico de epilepsia em 2024. A doença atinge diversos famosos ao redor do Brasil e do mundo e traz preocupações para o paciente e os familiares. Em entrevista à CARAS Brasil, o Dr. Saulo Nader alertou e explicou a doença.
O que é a epilepsia?
O neurologista explica que a doença é “uma condição neurológica em que o cérebro tem uma tendência a gerar descargas elétricas anormais e repetitivas”. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) 50 milhões de pessoas no mundo, aproximadamente, tem a doença. Dados da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) apontam que 80% são de famílias de baixa renda. A morte prematura causada por ela acontece três vezes mais rápidas se comparada a população geral.
Dr. Saulo alerta que a epilepsia pode ser desenvolvida de forma genética ou estrutural, surgindo após traumas cranianos, infecções no cérebro. O neurologista completa: “em parte dos casos, não se encontra uma causa clara. O cérebro simplesmente começa a ter esses curto-circuitos. Essas descargas causam as crises de convulsivas, que podem se manifestar de várias formas: perda de consciência com contrações musculares, que é a generalizada ou até crises mais sutis, as focais, como lapsos de atenção, movimentos repetitivos ou alterações de visão ou sensibilidade, dentro outras.”
Como é o diagnóstico e o tratamento da doença?
Para se iniciar o diagnóstico, a conversa com o médico é extremamente necessária e o neurologista tem que estar atento as crises, o tempo de duração, a sensação antes e depois e, se houve vídeos, devem ser mostrados. O Dr. Saulo aponta que, após isto, são necessários exames como o eletroencefalograma, que capta a atividade elétrica no cérebro, e a ressonância magnética para ver se há alterações no cérebro. O tratamento é por meio de medicamentos antiepilépticos que ajudam a controlar crises de convulsão e permitem, em muitos casos, uma vida normal.
Cuidados necessários
Abaixo, o Dr. Saulo Nader lista cuidados para quem tem e para familiares que cuidam de pacientes com epilepsia:
Cuidados do cuidador:
- Fique calmo(a);
- Afaste objetos que possam machucar a pessoa;
- Coloque a pessoa de lado (posição lateral de segurança);
- Não coloque nada na boca dela nem tente tirar ou desenrolar a língua: você pode quebrar um dente ou feria a língua dela, ou você mesmo se machucar com mordidas;
- Cronometre a crise se passar de 5 minutos, é caso de emergência; maioria não passa desse tempo, é só observar com a pessoa de lado e esperar. Se passar de 5 minutos: ligue para o SAMU (192)
- Depois da crise, a pessoa pode ficar confusa, cansada, sonolenta. Dê apoio.
Para quem tem:
- Não esquecer de tomar medicamentos;
- Evitar gatilhos conhecidos (como privação de sono, álcool, luzes fortes piscando);
- Fazer acompanhamento com neurologista regularmente;
- E sempre ter um plano de ação claro caso ocorra uma crise.
Por fim, o neurologista também alerta que o mais importante é que há um tratamento e é possível estender a vida dos pacientes com os cuidados corretos. Há também os gatilhos que podem causar crises, sendo estes:
- Falta de sono;
- Estresse emocional;
- Álcool;
- Luzes estroboscópicas (em alguns tipos de epilepsia)
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