Celebridade
Médico sobre câncer enfrentado por Osmar Prado: ‘Alta incidência no Brasil’

Osmar Prado deu detalhes de sua batalha contra o câncer; em entrevista à CARAS Brasil, o Dr. Guilherme Scheibel explica o caso
No ano de 2013, Osmar Prado (78) o ator foi surpreendido ao receber o diagnóstico de um tumor na região da garganta. À época, ele foi submetido a cirurgia, sessões de quimioterapia e radioterapia. Atualmente, está completamante curado e recuperado, mas já desabafou sobre o quadro.
“Tive um carcinoma de amígdala que foi detectado a tempo e retirado em duas cirurgias. Durante os exames, foi detectado um tumor de três centímetros no músculo da lateral do pescoço”, explicou ele, em entrevista ao jornal Extra. O ator também confessou: “Já passei pelo monitoramento há mais de cinco anos e nunca mais voltou”, disse ao Domingo Espetacular, programa da Record, no ano de 2024.
O que diz o médico especialista?
Para entender mais sobre o assunto, à CARAS Brasil entrevista o Dr. Guilherme Scheibel, médico especialista em otorrinolaringologia e membro titular da Academia Brasileira e Europeia de Otorrinolaringologia e Cirurgia Plástica Facial.
“O carcinoma de amígdala é um tipo de câncer que se desenvolve na orofaringe, região localizada na parte de trás da boca, onde ficam as amígdalas. Esse tumor ocorre devido à multiplicação cá descontrolada de células, podendo se espalhar para áreas vizinhas e linfonodos do pescoço”, declara.
Quais os sinais?
Os sinais incluem:
- Dor de garganta frequente ou que não melhora;
- Dificuldade ou dor para engolir;
- Nódulo no pescoço (gânglio aumentado);
- Alterações na voz;
- Ferida na boca ou garganta que não cicatriza;
- Em casos mais avançados, perda de peso e cansaço
Dados que chamam atenção
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) conduziu um estudo no mês de março, que revelou que cerca de 80% dos tumores de cabeça e pescoço diagnosticados no Brasil, entre 2000 e 2017, foram identificados em estágios avançados. Por isso, o Dr. Guilherme Scheibel alerta.
“Os tumores de orofaringe, incluindo o carcinoma de amígdala, têm alta incidência no Brasil. Isso acontece porque estão fortemente relacionados a fatores de risco como tabagismo, consumo frequente de álcool e à infecção pelo HPV (papilomavírus humano). A combinação de cigarro e álcool multiplica ainda mais o risco”, afirma.
Qual o tratamento indicado?
Segundo o Dr. Guilherme Scheibel, é importante reforçar que o tratamento depende do estágio do tumor e das condições individuais de saúde do paciente. Abaixo, ele aponta quais as principais opções incluem:
- “Cirurgia, para remoção da amígdala e, se necessário, de linfonodos do pescoço”;
- “Radioterapia, isolada ou associada a cirurgia/quimioterapia”;
- “Quimioterapia, especialmente em casos avançados”
“Hoje, o tratamento costuma ser multidisciplinar, envolvendo oncologia, cirurgia de cabeça e pescoço, radioterapia e fonoaudiologia. O acompanhamento pós-tratamento também é essencial para recuperar funções como fala e deglutição”, finaliza o otorrinolaringologista.
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