Celebridade
Iris Van Herpen apresenta vestido feito com 125 milhões de algas vivas; veja imagens

Destaque na coluna Moda da Revista CARAS, Iris Van Herpen cria, em parceria com cientista, uma peça que respira, brilha e desafia os limites da alta-costura
A estilista lris Van Herpen (41), famosa por fundir tecnologia, biologia e alta-costura, surpreendeu mais uma vez em seu desfile Fali 25. Seu trabalho transcende o vestuário, transformando peças em organismos pulsantes.
Desta vez, ela apresentou um vestido feito com 125 milhões de algas bioluminescentes que emitiam raios de luz conforme o movimento do corpo. Um look literalmente vivo, que respira, brilha e exige cuidados especiais, como oito horas de luz e um ambiente controlado para sobreviver. Van Herpen não cria apenas roupas, ela constrói ecossistemas vestíveis.
Em parceria com o bioengenheiro Christopher Bellamy, desenvolveu um gel nutritivo que mantém as algas viáveis, ainda que a peça seja, por ora, mais escultura do que item de guarda-roupa. “É um processo pioneiro”, admitiu a designer.
Leia também: Giorgio Armani equilibra tradição e inovação em nova coleção
A coleção promoveu, como de costume, uma imersão sensorial com tecidos que flutuavam como águas-vivas, materiais inovadores, como proteínas fermentadas que imitavam ventosas de polvo e estruturas cinéticas que se moviam como esqueletos alienígenas.
Cada modelo parecia uma entidade autônoma, refletindo a obsessão da estilista pela intersecção entre moda e ciência. Inspirada pela dança que a bailarina Loïe Fuller (1862-1928) apresentava no começo do século 20 e pela riqueza misteriosa e frágil dos oceanos, ela incorporou até uma fragrância customizada pelo perfumista Francis Kurkdjian (46), inspirada nas profundezas do mar e liberada em ondas durante o desfile. As peças desafiavam a gravidade e convidavam à reflexão sobre a relação entre o homem e a natureza.