Connect with us

Moda

Estudo descobre que o hormônio do amor é fundamental para a formação de amizades

Published

on


A ocitocina é um hormônio e neuromodulador produzido no cérebro, conhecido popularmente como “hormônio do amor” ou “hormônio do abraço”. Ela é liberada em momentos como sexo, parto, amamentação e interações sociais, estimulando sensações de afeição, confiança e proximidade.

Sabendo da importância do hormônio nos laços afetivos, pesquisadores da UC Berkeley, na Califórnia, EUA, investigaram como a ocitocina atua na formação de amizades usando ratos-do-campo, animais conhecidos por criar relacionamentos seletivos e duradouros, semelhantes às amizades humanas.

O resultado foi claro:

  • Com receptores de ocitocina: os roedores formavam laços rapidamente, preferindo parceiros conhecidos a estranhos.
  • Sem receptores: a formação de vínculos era mais lenta, e o interesse por parceiros conhecidos diminuía.

Essa seletividade é um ponto-chave. Não se trata apenas de ser sociável, mas de escolher com quem se criar um vínculo.

Pesquisa descobre que ocitocina uma peça-chave na formação de amizades verdadeiras
Pesquisa descobre que ocitocina uma peça-chave na formação de amizades verdadeiras – fizkes/istock

Como a ocitocina ajuda a criar conexões mais rápidas

O hormônio atua principalmente na fase inicial de formação de relacionamentos, facilitando a aproximação e estabelecendo uma base sólida para amizades duradouras.

Nos testes, ratos-do-campo com ocitocina ativa:

  • Preferiam passar tempo com parceiros conhecidos.
  • Demonstravam comportamentos de cuidado e proximidade.
  • Mostravam mais “fidelidade social” antes de interagir com estranhos.

Sem o hormônio, essa dinâmica se quebrava, tornando as interações mais genéricas e menos seletivas.

Implicações para a saúde mental humana

Segundo os cientistas, entender o papel da ocitocina nas amizades pode ajudar a compreender condições como autismo e esquizofrenia. Pesquisas apontam que algumas pessoas com TEA têm níveis mais baixos de ocitocina no sangue ou alterações nos receptores (OXTR), o que pode influenciar na forma como percebem pistas sociais e formam vínculos.

Isso ajuda a explicar, em parte, dificuldades em iniciar ou manter interações sociais — mas não é a única causa, pois o autismo é multifatorial.

Na esquizofrenia, estudos também identificaram redução da ocitocina e mudanças na sensibilidade dos receptores em alguns pacientes. Isso pode afetar empatia, reconhecimento emocional e confiança, características que muitas vezes estão prejudicadas durante episódios da doença.

Como aumentar a liberação natural de ocitocina?

Atividades simples podem ajudar a estimular a liberação de ocitocina no dia a dia. São elas:

  • Abraçar amigos e familiares
  • Ouvir música
  • Praticar exercícios
  • Participar de atividades sociais prazerosas

Quer praticar idiomas e fazer novas amizades? Conheça grupos em SP que se reúnem para treinar conversação

Amizades são tão importantes quanto casamento, defende especialista de Harvard



Continue Reading
Advertisement
Clique para comentar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Revista Plateia © 2024 Todos os direitos reservados. Expediente: Nardel Azuoz - Jornalista e Editor Chefe . E-mail: redacao@redebcn.com.br - Tel. 11 2825-4686 WHATSAPP Política de Privacidade