Música
O grande problema do Strokes atual, segundo Julian Casablancas

O Strokes não chegou a encerrar atividades, mas não lança nada inédito desde The New Abnormal (2020), realizou apenas um show em 2024 — nenhum neste ano — e parece estar vivendo no piloto automático. Conforme indicado por Julian Casablancas, ele e seus companheiros segue com a banda por pura obrigação.
O próprio vocalista, atualmente com 46 anos, admite que hoje seus interesses são outros, distantes do tipo de música que o grupo, oriundo de Nova York, é capaz de oferecer a seus fãs.
Em entrevista recente à Rolling Stone Itália (via NME), Julian foi sincerão e demonstrou pouco apreço pelo que o Strokes se tornou:
“Quando comecei a fazer música, me apaixonando pelos meus sonhos e visão, eu tinha uma ideia muito clara de como queria que as coisas evoluíssem. Minha jornada com os Strokes se tornou algo diferente daquilo que inicialmente me atraiu para a música.”
Segundo ele, o grande problema é que a banda, já há algum tempo, permaneceu junta apenas por conta do dinheiro:
“Tínhamos entrado em um mecanismo que nos mantinha unidos apenas por questões financeiras, deixando a criatividade da banda em segundo plano. Então, cheguei à conclusão de que não era assim que eu queria me desenvolver.”
Julian Casablancas além do Strokes
Desde 2013, Julian Casablancas tem o projeto paralelo The Voidz, que já lançou dois álbuns: Tyranny (2014) e Virtue (2018). A iniciativa parece receber maior carinho e dedicação por parte do vocalista.
Na entrevista, o músico explicou por que decidiu criar uma outra banda, paralela ao Strokes.
“Há uma bela citação de Miles Davis: ‘O verdadeiro risco é não mudar’. É por isso que sempre quero sentir que estou em busca de algo inexplorado. Se eu ganhar dinheiro, tudo bem, mas não quero ficar parado. Não estou em busca de segurança ou do status quo. Se alguém quer continuar criando, precisa estar pronto para a mudança. Mesmo que isso signifique a morte de algo que lhe era caro.”
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