Celebridade
‘Nesse relato a gente percebe…’

Arlindo Cruz morreu na última sexta-feira, 8, e a esposa dele, Babi Cruz, abriu o coração ao falar da relação com o cantor
O cantor Arlindo Cruz morreu na última sexta-feira, 8, aos 66 anos de idade após viver por 8 anos com as sequelas do AVC (Acidente Vascular Cerebral). Em sua primeira entrevista após a morte do marido, a viúva dele, Babi Cruz falou sobre os momentos com o amado: “Esse homem ajudou a formar minha personalidade, agradeço por viver 4 décadas com ela. Ensinou a impor minha personalidade”, disse ao Fantástico.
O que diz a psicóloga?
A CARAS Brasil conversa com Lilian Vendrame, psicóloga e neuropsicóloga com capacitação em tratamentos para transtornos depressivos e ansiosos pelo Hospital Albert Einstein e USP, que explica a declaração de Babi Cruz.
“Nesse relato, a gente percebe a fala dela de gratidão e um vínculo afetivo. Mostra não só a importância desse tempo compartilhado, mas uma valorização da parceria e como metade da história dela. Ele fez parte da própria história. Quando o casal vive por muito tempo junto e tem um bom relacionamento, as histórias se misturam”, declara.
O que é o luto?
Segundo informações do Ministério da Saúde, o luto é um processo natural, caracterizado pelo sofrimento e pela saudade, normalmente desencadeado pela perda de algo ou alguém. Lilian Vendrame reforça que é importante lembrar que cada pessoa reage ao luto de uma maneira diferente.
“E nesse luto que ela está vivendo ali, ela mistura com legado e gratidão. Mesmo nesse contexto da perda, ela relembra e reforça a força desse vínculo contínuo com a memória dele. E isso parece inicialmente ali um processo de um luto saudável que é manter viva a influência da pessoa”, finaliza.
Trajetória de Arlindo Cruz
Arlindo Domingos da Cruz Filho, o Arlindo Cruz, nasceu em 14 de setembro de 1958 no Rio de Janeiro. Um dos maiores sambistas do Brasil, ele começou a tocar cavaquinho ainda na infância e aprendeu violão no início da pré-adolescência.
Após um tempo em Minas Gerais, o sambista voltou ao Rio de Janeiro e passou a frequentar as rodas de samba do Cacique de Ramos. Lá, ele tocou com Jorge Aragão, Beth Carvalho, Almir Guineto, Zeca Pagodinho e Sombrinha.
Ele se tornou compositor para outros sambistas até se tornar intérprete no Fundo de Quintal, banda na qual ficou por 12 anos. Em sua carreira, Arlindo Cruz teve mais de 550 músicas gravadas por vários artistas. Em 2023, ele foi tema do samba enredo de uma escola de samba no carnaval do Rio de Janeiro.
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