Celebridade
Silvério Pereira revela diagnóstico e medico alerta para sintomas silenciosos

Em entrevista para CARAS Brasil, o médico Wandyk Allison explica sinais ocultos que o corpo dá antes de uma crise silenciosa como de Silvério Pereira
Após revelar ao público seu diagnóstico de hipertensão, o ator Silvério Pereira reacende uma discussão importante sobre a saúde cardiovascular e os sinais nem sempre evidentes que o corpo emite antes de uma crise. Para compreender melhor o quadro e os caminhos possíveis de cuidado, CARAS Brasil ouviu o médico integrativo Dr. Wandyk Alisson, que trouxe reflexões importantes sobre os bastidores da pressão alta e alternativas para um controle mais consciente da condição.
Segundo o especialista, a hipertensão pode passar despercebida até mesmo por quem leva uma vida aparentemente saudável. Isso porque, como ele explica, os sinais de alerta nem sempre são óbvios, e muitas vezes são ignorados.
“Muita gente só descobre que tem hipertensão após um susto: um mal-estar repentino, um episódio de dor de cabeça intensa ou até um exame de rotina que revela uma pressão nas alturas. Isso acontece porque a hipertensão costuma ser silenciosa, mas o corpo pode dar sinais sutis antes de um pico, como cansaço inexplicável, tonturas, visão embaçada, zumbido no ouvido, insônia ou sensação de pressão na nuca. São sintomas facilmente ignorados no dia a dia, mas que, juntos, podem sinalizar que algo não vai bem.”
Diferente da abordagem tradicional, que muitas vezes se restringe à prescrição de medicamentos, a medicina integrativa propõe um mergulho mais profundo no estilo de vida, nas emoções e nos hábitos diários do paciente. Para Dr. Wandyk, tratar a hipertensão é também olhar para a história de vida da pessoa.
“A boa notícia é que a medicina integrativa oferece um olhar mais profundo e abrangente sobre a hipertensão, indo além da prescrição de medicamentos. Esse modelo considera não só os fatores físicos, mas também os aspectos emocionais, nutricionais e ambientais que influenciam a saúde cardiovascular. Afinal, pressão alta não é apenas um número: é o resultado de um estilo de vida, de hábitos, de traumas não curados e de emoções reprimidas.”
Ele completa: “O estresse crônico, por exemplo, é um dos grandes vilões silenciosos. Ele ativa constantemente o sistema nervoso simpático, elevando os níveis de cortisol e adrenalina — o que mantém a pressão arterial elevada sem que a pessoa perceba. Por isso, práticas como meditação, respiração consciente, yoga e mindfulness não são apenas “modismos”; elas são ferramentas poderosas de regulação do sistema nervoso e podem, sim, baixar a pressão de forma natural e sustentável.”
A alimentação, que frequentemente é tratada de maneira superficial quando se fala em pressão arterial, também ganha um lugar de protagonismo na visão integrativa. O médico reforça que o equilíbrio nutricional é um aliado valioso — e que o problema vai muito além do simples consumo de sal.
“Outro pilar essencial é a alimentação. Alimentos ricos em potássio, magnésio e antioxidantes, como banana, abacate, vegetais verde-escuros, sementes e azeite de oliva ajudam a controlar a pressão. Já os vilões são aqueles ultraprocessados ricos em sódio oculto, gorduras trans e açúcar refinado. E não, o sal não é o único culpado. Muitas vezes, o verdadeiro perigo está na combinação de sedentarismo, estresse, má alimentação e sono de baixa qualidade, fatores que passam despercebidos na rotina, mas somam impacto silencioso ao longo do tempo.”
Por fim, Dr. Wandyk alerta para um fator frequentemente negligenciado: as emoções não resolvidas. De acordo com ele, sentimentos reprimidos também podem se transformar em pressão — literalmente, no organismo, tornando indispensável o cuidado psicológico e emocional no tratamento da hipertensão.
“Além disso, questões emocionais mal resolvidas, como mágoas crônicas, ansiedade e raiva reprimida, podem influenciar diretamente o sistema cardiovascular. Emoções não processadas geram tensão interna e, com o tempo, contribuem para a rigidez das artérias e elevação da pressão. Nesse contexto, a escuta terapêutica, o autoconhecimento e até terapias como constelação familiar ou práticas de liberação emocional ganham espaço como aliados no tratamento.”
A experiência de Silvério Pereira, que agora se junta a milhares de brasileiros vivendo com hipertensão, lança luz sobre a importância de escutar o corpo e buscar um tratamento que respeite a individualidade de cada um. Como pontua o médico, cuidar da saúde do coração é também cuidar das emoções, dos hábitos e da qualidade de vida como um todo.
