Consumidor brasileiro vai pagar menos pela carne com essa nova medida

As exportações de carne brasileira estão prestes a enfrentar novos desafios devido ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos. A alíquota, que passará de 36,4% para 50%, afetará gravemente a quantidade de carne enviada ao mercado norte-americano, um dos principais destinos da carne brasileira.

A decisão de aumentar as tarifas, anunciada recentemente, é vista como um movimento estratégico que busca proteção à indústria local dos EUA, além de ter motivações políticas.

No Brasil, a elevação das tarifas resultará em um excedente de carne processada que não será exportada. Especialistas apontam que este excesso poderá inicialmente reduzir os preços no mercado interno. 

Entretanto, isso também pode desestabilizar o setor, levando a potenciais reestruturações na cadeia produtiva e possível aumento dos preços aos consumidores no longo prazo.

O aumento das tarifas poderá significar uma perda de até US$ 5,8 bilhões para o agronegócio nacional. Este valor reflete estimativas feitas por órgãos como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A indústria de carne bovina enfrenta uma redução considerável nas exportações para um dos seus mercados mais importantes, enquanto consumidores dos EUA podem recorrer a outros fornecedores emergentes, como Argentina e Canadá.

As condições do mercado norte-americano também se modificam, já que a expectativa é de um aumento nos preços da carne devido à redução nas importações do Brasil. Isso cria um ambiente competitivo onde os produtores brasileiros terão que repensar seus canais de exportação e estratégias comerciais para permanecer relevantes no cenário mundial.

Diante do cenário tarifário adverso, frigoríficos brasileiros estão revisando suas operações. Muitas empresas, como a Marfrig, estão suspendendo temporariamente as exportações aos EUA e explorando novos mercados em resposta às novas tarifas.