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AVC em mulheres pode ter sinais inesperados

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O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo —e nas mulheres, ele pode se manifestar de forma silenciosa e surpreendente. Ao contrário dos sinais clássicos como paralisia facial ou dificuldade na fala, os sintomas femininos muitas vezes passam despercebidos, confundidos com estresse, ansiedade ou até problemas digestivos.

Essa diferença de sinais tem explicação: fatores hormonais, como o uso de anticoncepcionais, gravidez, menopausa e maior predisposição a doenças autoimunes, tornam o corpo feminino mais vulnerável a alterações neurológicas. E isso se reflete nos sintomas, que podem ser mais sutis, variados e difíceis de identificar.

Os sintomas de AVC em mulheres podem ser facilmente ignorados
Os sintomas de AVC em mulheres podem ser facilmente ignorados – Pornpak Khunatorn/istock

Segundo a médica Anna Luísa Barbosa (CRMGO 33271), o risco de AVC é mais elevado nas mulheres, tanto em ocorrência quanto em gravidade. Por isso, reconhecer os sinais atípicos é essencial para garantir atendimento rápido e evitar sequelas permanentes.

Sintomas que fogem do padrão

Entre os sinais menos conhecidos de AVC em mulheres estão confusão mental súbita, fadiga extrema, dor de cabeça intensa sem causa aparente, visão turva, formigamento em um lado do corpo e até falta de ar ou dor no peito —sintomas que podem ser confundidos com crises de ansiedade ou problemas cardíacos.

Outro alerta importante são os soluços persistentes. Embora pareça estranho, estudos mostram que esse sintoma pode indicar danos em áreas do cérebro responsáveis por funções automáticas, como a medula oblonga. Quando acompanhados de náusea, vômito ou fraqueza, os soluços devem ser levados a sério.

Além disso, alterações súbitas no comportamento, dores generalizadas sem explicação e sensação de desorientação também podem ser sinais de que algo não vai bem. Esses sintomas, por serem menos óbvios, costumam atrasar o diagnóstico —e no caso do AVC, cada minuto conta.

Hormônios e estilo de vida: o que aumenta o risco

O estrogênio, hormônio feminino, tem efeito protetor no cérebro. Mas quando há variações hormonais —como na menopausa, no ciclo menstrual ou com o uso de anticoncepcionais— esse equilíbrio pode ser comprometido. Mulheres que fazem terapia de reposição hormonal ou usam contraceptivos têm risco aumentado de AVC, especialmente se houver histórico de hipertensão ou tabagismo.

Outro fator relevante é o estilo de vida. A sobrecarga emocional, jornadas duplas e o aumento do estresse têm contribuído para o crescimento dos casos de AVC entre mulheres. Segundo a Associação Americana de Derrame, cerca de 45% dos AVCs em mulheres ocorrem após os 80 anos, mas os riscos começam a subir a partir dos 40.

Por isso, é fundamental que mulheres estejam atentas aos sinais do corpo e busquem avaliação médica ao menor indício de alteração neurológica. A prevenção passa por controle da pressão arterial, alimentação equilibrada, prática de atividade física e acompanhamento regular com profissionais de saúde.

O teste rápido que pode salvar vidas

Mesmo com sintomas atípicos, alguns sinais clássicos ainda podem aparecer. O teste “SAMU” é uma forma simples de identificar um possível AVC:

  • Sorria: veja se um lado do rosto está caído
  • Abra os braços: um deles pode não se mover ou cair
  • Música ou frase: peça para repetir algo simples; se houver dificuldade ou palavras embaralhadas, é sinal de alerta
  • Urgência: se notar qualquer um desses sinais, ligue imediatamente para o serviço de emergência (192 ou 193)

Esse teste pode ser decisivo para garantir atendimento rápido e evitar sequelas graves. E no caso das mulheres, vale redobrar a atenção aos sintomas menos óbvios. O corpo avisa, mesmo que em voz baixa.



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