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Celebridade

Psicóloga analisa decisão de Mariana Goldfarb: ‘Não é castigo nem punição: é uma escolha’

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Em entrevista à CARAS Brasil, psicóloga analisa o desabafo de Mariana Goldfarb e explica os impactos emocionais do adiamento da maternidade

A modelo e apresentadora Mariana Goldfarb (34) usou as redes sociais para refletir sobre maternidade e as escolhas que a levaram a adiar esse sonho. Ela revelou que, apesar de ter idealizado ser mãe de três filhos aos 34 anos, decidiu focar em encontrar um parceiro confiável para compartilhar a parentalidade.

Para entender os impactos psicológicos dessas expectativas, a CARAS Brasil conversou com a psicóloga Leticia de Oliveira, que analisou o relato da modelo e trouxe reflexões importantes sobre o desejo de ser mãe.

Segundo a especialista, a dor de Mariana é compartilhada por muitas mulheres que idealizam a maternidade desde cedo: “A gente nasce, cresce, brinca de mãe, de boneca… É uma vida toda em que a gente cresce idealizando, na maior parte das mulheres, a família, a maternidade. É como se fosse algo concreto que a gente vai vivenciar em algum momento da vida”, afirma Leticia.

Ela ressalta que, mesmo sem previsões claras sobre carreira ou vida financeira, muitas mulheres carregam, de forma inconsciente, o desejo de maternar e a ausência desse marco no tempo planejado pode gerar sofrimento.

“Tudo que a gente projeta para a nossa vida e vê outras pessoas alcançando faz a gente se comparar, se frustrar e se responsabilizar, como se fosse uma falha pessoal. Então, esse choro vem da frustração, da comparação, da sensação de não pertencimento“, explica.

“Ser mãe começa na escolha do pai”

No desabafo, Mariana também destacou a importância de ter um parceiro que compartilhe da mesma visão sobre paternidade. Para a psicóloga, essa consciência é reflexo de uma nova geração de mulheres mais exigentes e conscientes de suas escolhas.

“Nas gerações anteriores, engravidar, casar, permanecer numa relação era algo como passar num concurso público – sem questionamento, sem muita escolha. E hoje, com a possibilidade da mulher escolher aquilo que acha bom para ela, surge também a vontade de projetar uma figura masculina que ela gostaria que estivesse na vida do filho”, diz Leticia.

“Hoje, a mulher não tem mais essa dependência financeira dos homens; ela tem muito mais autonomia. E com mais autonomia, surge um critério mais elevado. Os fins acabam não justificando os meios. Embora muitas mulheres queiram ser mães, elas não querem isso a qualquer custo e não querem ter a figura paterna associada a alguém que elas não admiram ou a um relacionamento fracassado, completa.

A pressão externa e o que fazer com ela

Mesmo segura de suas escolhas, Mariana reconhece que já sofreu ao ver seus planos não se concretizarem. Mas, ao afirmar que não se sente menos mulher por isso, ela toca em um ponto importante: a pressão social: “Eu acho que a coisa que mais ajuda é a gente se conscientizar que é uma escolha, que não é um castigo, não é falta de competência nem punição”, afirma Leticia.

“Poder ter filhos hoje, ela poderia ter com qualquer pessoa – é uma mulher bonita, desejada, não faltam pretendentes, já passou por vários namorados, poderia até fazer uma produção independente. A questão é que ela não quer a qualquer custo. Quando a gente se conscientiza de que muita gente tem filhos por ter, sem querer realmente ser mãe, ou sem pensar na figura paterna, colocando filhos no mundo sem mensurar danos e consequências, a gente entende que não é falta de oportunidade nem de capacidade. É simplesmente uma escolha mais criteriosa”, diz a psicóloga.

“Isso faz a gente se sentir menos devedora. Então, ao invés de olhar para o outro e se comparar, é importante olhar para si, para a própria história, e ter orgulho da trajetória, do cuidado com a saúde mental própria e da possível criança. É colocar esse cuidado acima até do desejo de ser mãe”, conclui.

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