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6 motivos que fazem o Bixiga ser um bairro tão especial e único no mundo

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A famosa escadaria do Bixiga é mais do que um ponto de passagem, o local virou símbolo da identidade cultural do bairro
A famosa escadaria do Bixiga é mais do que um ponto de passagem, o local virou símbolo da identidade cultural do bairro – luciasba/istock

Em São Paulo, o Bixiga (ou Bela Vista, no mapa oficial) resiste como um reduto de memória e diversidade. Conhecido por sua forte herança italiana, o bairro também é um símbolo da cultura negra, afinal, ele surgiu a partir do Quilombo Saracura, onde pessoas escravizadas buscavam refúgio. Hoje, o território é marcado por festas populares e a típica boemia paulistana que ocupam um lote no coração de todo paulistano.

Mas, afinal, o que faz do Bixiga um bairro tão único?

Teatro e arte pulsando em cada esquina

O bairro é berço de grandes nomes do teatro brasileiro. O Teatro Oficina, criado por José Celso Martinez Corrêa, é um dos espaços culturais mais revolucionários da América Latina. Também abriga o Teatro Ruth Escobar e outras casas independentes que mantêm viva a vocação artística do bairro.

Teatro Oficina é palco de produções teatrais vanguardistas
Teatro Oficina é palco de produções teatrais vanguardistas – Cassandra Mello/ divulgação

Residência do samba

O Bixiga é sinônimo de samba de raiz e carnaval de rua. A tradicional Vai-Vai, uma das mais antigas escolas de samba de São Paulo, nasceu no bairro e até hoje é motivo de orgulho local. Os ensaios ainda acontecem nas ruas do bairro e atraem gente de todo o canto da cidade.

Festa popular com muita comilança

As festas de Nossa Senhora Achiropita atraem milhares de visitantes e é um dos eventos mais queridos de SP. Une devoção, cultura, comida de rua e música em uma grande celebração comunitária que transforma as ruas do bairro durante os finais de semana de agosto.

A tradicional festa da Achiropita transforma a rua em celebração com muita fartura
A tradicional festa da Achiropita transforma a rua em celebração com muita fartura – Divulgação

Resistência cultural negra

O Bixiga é considerado por muitos pesquisadores como um quilombo urbano: um território de resistência onde a comunidade negra manteve vivas suas tradições, religiosidade e redes de solidariedade. Grupos culturais, artistas independentes, líderes religiosos e moradores continuam defendendo o direito à cidade e à identidade.

Além disso, o bairro é conhecido pela forte presença das religiões de matriz africana, com diversos terreiros e espaços de culto que ajudaram a preservar saberes ancestrais.

Arquitetura charmosa e clima de vila no coração de SP

Com casarios antigos, vielas e ladeiras que resistem ao tempo, o Bixiga preserva um charme difícil de encontrar em outras regiões centrais da cidade. Caminhar por suas ruas é como fazer uma viagem no tempo, entre casas coloridas, sacadas floridas e a memória viva de uma São Paulo que resiste em meio à modernização.

É é também no bairro que fica a Vila Itororó, um dos tesouros históricos da cidade. Construída no início do século 20 pelo empresário português Francisco de Castro, a vila foi erguida com materiais reaproveitados e marcada por uma arquitetura eclética, quase surrealista, com escadarias, arcos e uma das primeiras piscinas particulares da cidade.

Hoje, o espaço foi restaurado e transformado em um centro cultural público, com programação gratuita, oficinas, exposições e visitas guiadas.

A Vila Itororó representa a mistura de memória, arte e resistência que define o espírito do Bixiga
A Vila Itororó representa a mistura de memória, arte e resistência que define o espírito do Bixiga – Luiz Barrionuevo/istock

Um pedaço da Itália em SP

As inúmeras cantinas italianas existentes no bairro são grandes atrativos turísticos. Mais do que restaurantes, as cantinas do Bixiga são templos da culinária afetiva italiana e ícones da cultura paulistana. Elas surgiram com os imigrantes italianos que chegaram a São Paulo no fim do século XIX. Com poucos recursos e muita vontade de manter vivas as tradições da terra natal, eles montaram pequenos restaurantes familiares. Hoje, algumas dessas casas têm mais de 80 anos de história e continuam sendo administradas pelas mesmas famílias.

“>https://catracalivre.com.br/viagem-livre/29-experiencias-para-viver-em-sp-pelo-menos-uma-vez-e-se-sentir-conectado-com-a-cidade/



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