Celebridade
o que acontece com o corpo da mulher após perder o bebê? Médica responde

Tati Machado falou sobre luto após a perda do filho, Rael; em entrevista à CARAS Brasil, a Dra. Ana Paula Fonseca analisa o caso da apresentadora
A apresentadora Tati Machado (33) falou pela primeira vez em rede nacional sobre um dos momentos mais difíceis de sua vida: a morte do filho, Rael. Ela estava na reta final da gravidez, já com 33 semanas, quando ocorreu a perda gestacional.
Durante entrevista ao Fantástico, Tati Machado relembrou: “Durante um tempo parece que esse filme vai acabar e você vai acordar… A gente já começa a indução do parto. Esse dia por pior que ele fosse, ele foi um dia muito importante pra a gente. O parto do Rael foi um parto lindo. Com toda a tristeza que existia ali. O Rael nasce no dia 13 às 8h45 da manhã”, afirmou.
O que diz a ginecologista?
Para entender mais sobre o assunto, a CARAS Brasil entrevista a Dra. Ana Paula Fonseca, médica ginecologista e especialista no tratamento de distúrbios menstruais, miomas, síndrome dos ovários policísticos (SOP), que responde.
A médica fala sobre o que acontece com o corpo da mulher, o tempo emocional do luto e a importância de acolher esse momento com empatia. “O puerpério é o período em que o corpo da mulher retorna gradualmente ao estado anterior à gravidez, e ele acontece independentemente do bebê estar vivo ou não”, diz.
Segundo ela, mesmo em meio ao luto, o organismo segue produzindo hormônios, o leite pode descer, o útero precisa regredir e o corpo sente as mudanças típicas do pós-parto. “É um período de intensa oscilação hormonal, fragilidade física e emocional. E, quando não há um bebê para amparar esse processo, a mulher enfrenta o puerpério em meio ao vazio, o que torna tudo ainda mais delicado”, afirma.
‘Não acaba em 120 dias’
Muito querida pelo público, a entrevista de Tati Machado ao Fantástico tocou os telespectadores. Em suas falas, ela reforçou o respeito que vem recebendo e falou do tempo necessário para se recuperar. Segundo a Dra. Ana Paula, a apresentadora é um exemplo importante.
“Quando figuras públicas como Tati validam esse processo, elas dão voz a milhares de mulheres que passam pelo mesmo, em silêncio. O puerpério sem bebê existe. Mesmo quando o bebê não vem para casa, existe uma mãe que precisa ser cuidada. O puerpério é real. O luto é legítimo. E o tempo, essencial”, finaliza a ginecologista ao analisar casos como da jornalista Tati Machado.
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