Celebridade
Solange Couto volta como Dona Jura e conta o que ninguém viu em O Clone: ‘É atemporal’

A atriz Solange Couto revisita a personagem 23 anos depois e entrega bastidores inéditos sobre a criação da mulher que virou símbolo
Solange Couto (68) está prestes a reviver Dona Jura, personagem icônica de O Clone (2001–2002). A atriz fará uma participação especial nos próximos capítulos da novela Dona de Mim, atualmente em exibição na faixa das sete da Globo, interpretando novamente a dona do bordão “Não é brinquedo, não”, após 23 anos da primeira exibição.
Nos últimos dias, a artista esteve nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, para gravar sua participação na trama escrita por Rosane Svartman (55), ainda sem data definida para ir ao ar. Carismática e envolvida com o momento, Solange revela conta em entrevista à CARAS Brasil detalhes dos bastidores e relembra a personagem que a consagrou dentro e fora do país.
“Quando meu agente me ligou dizendo que a produção da novela me convidou eu fiquei muito feliz, muito feliz mesmo. Foi uma pequena participação em Dona de Mim, que já é um sucesso na faixa das sete, mais um feito da talentosa autora Rosane Svartman. Fiquei com um gostinho de quero mais, né?”, afirma.
A cena em que Dona Jura aparece será breve, mas significativa. A sequência mostrará o sucesso da empreendedora com seu bar e faz parte de uma ação desenvolvida pela agência W3Haus. Ainda que rápida, a aparição promete deixar sua marca. Sobre como foi reencontrar a personagem tanto tempo depois. “A participação é pequena, então não tive um tempo que eu pudesse performar essa adaptação para os dias de hoje, e nem vejo uma necessidade. O jeito da Jura é atemporal, é assim que eu acredito.”
A atriz garante que o carisma e a essência da personagem seguem intactos, mesmo duas décadas depois. “Continua sim, o bordão está na ponta da língua. A faixinha continua no cabelo, o conceito do figurino se manteve, mas ganhou uma leveza. Acho que, modéstia à parte, a Jura está bem heim, tipo vinho, o tempo só valorizou“, diz.
Durante as gravações, Solange reviveu memórias de quando recebeu o convite original para viver Dona Jura, personagem criada por Glória Perez (76) e eternizada por sua força e autenticidade. “Lembrei de como a Jura era pequenininha quando fui presenteada com o convite do Jayme Monjardim para fazer essa personagem. Fiquei pensando, enquanto estava no trailer sendo maquiada, o quanto a Glória foi generosa de me dar liberdade de fazer do meu jeitinho. Eu pude dar a Jura o perfil de uma típica mulher brasileira, bem raiz, que não espera cair nada do céu, que faz acontecer e defende os seus”, recorda.
Por fim, a atriz reflete sobre o impacto da personagem na vida de tantas pessoas e o porquê de Dona Jura ter se tornado um símbolo tão forte na dramaturgia brasileira. “Acho que muitas mulheres se identificaram com a Jura, ou viram na Dona Jura semelhanças com a mãe, avó, tia, patroa, funcionária, amiga ou queria ter a coragem de ser uma mulher daquele tamanho. As pessoas se conectaram, não foram só as mulheres, os homens também.”