Celebridade
Preta Gil teve choque séptico durante tratamento e médico explica: ‘Emergência médica’

No ano de 2023, Preta Gil teve choque séptico em meio ao tratamento contra o câncer. A cantora faleceu no último domingo aos 50 anos de idade
Preta Gil faleceu aos 50 anos de idade. Ela lutou pelos últimos dois anos contra as complicações de um câncer no intestino, também chamado de câncer de cólon ou colorretal. Durante seu tratamento, no ano de 2023, a cantora revelou que teve umchoque séptico: “Eu passei por uma septicemia, por um choque séptico, causado por uma bactéria que entrou no meu organismo”, disse a artista em abril de 2023.
O que diz o infectologista?
Para enteder mais sobre o assunto, a CARAS Brasil entrevista o Dr. Igor Maia Marinho, médico infectologista formado pela Faculdade de Medicina da USP e com residência médica em Moléstias Infecciosas e Parasitárias pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Ele explica.
“A sepse é uma resposta desregulada e grave do organismo a uma infecção, capaz de causar falência de órgãos. Quando essa resposta evolui para instabilidade circulatória, ou seja, pressão arterial muito baixa que não melhora mesmo com reposição de líquidos, chamamos de choque séptico, a forma mais grave da sepse. Trata-se de uma emergência médica”, explica.
Dados que exigem atenção
No Brasil, são registrados cerca de 400 mil casos de sepse em pacientes adultos por ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Por isso, o Dr. Igor Marinho chama atenção para os cuidados durante o tratamento oncológico.
“Pacientes com câncer têm maior risco de sepse e choque séptico. Isso ocorre por diversos fatores: Os tratamentos do câncer, como quimioterapia e radioterapia podem causar imunossupressão, reduzindo a capacidade do organismo de combater infecções; há também maior risco de infecções hospitalares para esses pacientes que frequentam muito serviços médicos e uso frequente de cateteres, que podem servir como porta de entrada para bactérias”, alerta.
Existe tratamento?
Vale lembrar que própria doença oncológica pode comprometer barreiras naturais de defesa, como pele e mucosas, favorecendo quadros infecciosos. Abaixo, o infectologista lista alguns cuidados para evitar uma sepse.
“A principal medida é a prevenção, cuidados com cateteres e dispositivos invasivos, vacinação e atenção a sinais precoces de infecção (febre, calafrios, queda de pressão), com apoio medico e de equipes de saúde sempre que necessário. Em pacientes imunossuprimidos, muitas vezes é necessário iniciar antibióticos de forma empírica e precoce ao menor sinal de infecção”, finaliza ao avaliar casos como da cantora Preta Gil.
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