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Celebridade

‘Mesmo sem sintomas, pode estar…’

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Após relembrar fase difícil marcada pelo vício, o cantor Solimões recebe alerta de médica; veja os sinais de alerta e exames recomendados

O cantor Solimões (63), da dupla sertaneja Rionegro e Solimões, é hoje símbolo de serenidade, leve e bem-humorado. Mas nem sempre foi assim. Em entrevista de anos anteriores, ele relatou sua luta contra o álcool, pintando um retrato honesto dos altos e baixos de um vício que o levou a um verdadeiro “desequilíbrio”.

Entre 2000 e 2005, buscou sobriedade para reorganizar sua vida. Tentou retomar o consumo, socialmente, em 2006, mas em 2007 sofreu recaída. No fim de 2008, seu médico alertou que “se bebesse mais quinze dias, ele morreria”. Por sorte, ele está recuperado desde 2009 e declara não sentir mais vontade de beber ou fumar. Mas beber por um período prolongado pode deixar sequelas no fígado?

Para esclarecer os riscos, a CARAS Brasil conversou com a gastroenterologista e hepatologista Dra. Patrícia Almeida, que fez um importante alerta sobre os efeitos do álcool, mesmo em padrões que muitos consideram “normais”.

Beber por semanas nas férias pode causar lesões no fígado?

A médica afirma que beber direto por semanas ocasionalmente pode, sim, causar danos ao fígado: “O consumo diário de álcool, mesmo que por um período relativamente curto, como férias prolongadas, pode, sim, trazer prejuízos ao fígado, principalmente se for uma repetição ao longo dos anos. O fígado é um órgão silencioso e resistente, mas isso não significa que ele não sofra”, explicou a médica.

Ela alerta que os sintomas nem sempre aparecem de forma imediata: “Os sinais de alerta costumam aparecer tardiamente, mas alguns sintomas que merecem atenção são: cansaço excessivo, dor abdominal (principalmente do lado direito), inchaço abdominal ou nas pernas, alterações na urina (escurecimento), olhos amarelados ou sangramentos espontâneos. Mesmo sem sintomas, alterações já podem estar acontecendo silenciosamente.”

Quem consegue parar de beber está livre de risco?

Muitos acreditam que, por conseguirem abandonar o álcool com facilidade, não há danos à saúde. Segundo a especialista, essa percepção é equivocada.

“Essa é uma crença comum e perigosa. O fato de alguém conseguir parar de beber não significa, necessariamente, que não houve dano ao fígado. O risco está tanto na quantidade quanto na frequência e, principalmente, na combinação com outros fatores como obesidade, diabetes e histórico familiar de doenças hepáticas.”

Ela ainda afirma que não há uma quantidade segura de álcool: “Atualmente, não existe uma quantidade de álcool comprovadamente ‘segura’ para o fígado. O que chamamos de ‘uso social’ pode ser interpretado de formas muito diferentes entre as pessoas. Algumas diretrizes internacionais falam em no máximo uma dose por dia para mulheres e duas para homens, em dias separados, mas, para o fígado, o ideal mesmo é a abstinência, especialmente para quem já teve um padrão de uso mais intenso ou tem outros fatores de risco.”

Quais exames fazer se já houve consumo elevado de álcool?

Mesmo quem está abstêmio há anos pode ter deixado sequelas no organismo. Por isso, a médica recomenda check-ups específicos:

“Existem exames que podem ajudar a avaliar se o fígado sofreu com o consumo anterior. Os mais simples envolvem exames de sangue, como as enzimas hepáticas (TGO, TGP, GGT), a dosagem de plaquetas e a avaliação de função hepática (bilirrubinas, albumina, coagulograma). Mas o mais importante é a avaliação do risco de fibrose, uma cicatrização do fígado que pode evoluir para cirrose.”

Ela também destaca o FibroScan como aliado importante: “Hoje temos ferramentas como exames de imagem não invasivos como o FibroScan, que funciona como uma ‘ultrassonografia especializada’ para medir a rigidez do fígado. Essa é uma forma segura e indolor de acompanhar a saúde hepática de quem teve um passado de uso de álcool, mesmo que atualmente esteja abstêmio.”

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