Celebridade
Após relato de Rafael Cardoso, médica explica como transtornos podem ser prevenidos: ‘Estabilizar’

Rafael Cardoso quebrou o silêncio e revelou vício em drogas fortes e problemas de saúde
Rafael Cardoso (39) assumiu vício em drogas em abril deste ano em uma entrevista ao Domingo Espetacular, da Record. Na época, o ator explicou que iniciou o uso da substância aos 15 anos e, após exagerar na cocaína, teve surtos psicóticos.
“Estava totalmente desestabilizado emocionalmente, já estava desistindo, depressivo, com excesso de uso de drogas, bebidas. De tudo, né? Eu tive um surto psicótico, porque é uma doença que acabei adquirindo”, contou o ex-global.
CARAS Brasil entrevista a psiquiatra Dra. Maria Fernanda Caliani sobre formas de prevenir episódios como o que Rafael enfrentou. Segundo a especialista, é possível evitar o surto psicótico com acompanhamento médico.
“Especialmente quando há um acompanhamento regular com psiquiatra e/ou psicólogo. O tratamento contínuo ajuda a estabilizar o quadro, identificar fatores de risco e agir precocemente diante de sinais de recaída. Em casos em que a pessoa já teve um surto, o uso correto da medicação, associado ao suporte psicoterapêutico e familiar, pode reduzir significativamente a chance de novos episódios”, explica.
A médica conta que o surto psicótico é um episódio em que a pessoa perde o contato com a realidade. Isso é seguido de sintomas como alterações no pensamento e crenças falsas, alterações nos sentidos como ver ou ouvir coisas que não existem, além de pensamento desorganizado. Isso pode ser acompanhado de comportamento agressivo.
Infelizmente, ainda existe tabu sobre o tema e o preconceito ainda é forte na sociedade. Maria ressalta que é importante buscar ajuda especializada para iniciar o tratamento adequado o quanto antes e, assim, evitar maiores complicações.
“O estigma ainda é uma das maiores barreiras no cuidado em saúde mental. Muitas pessoas evitam procurar ajuda por medo de serem julgadas, rotuladas ou excluídas socialmente. Isso faz com que o diagnóstico demore e o tratamento só aconteça quando o quadro já está agravado. Precisamos lembrar que transtornos mentais são condições de saúde, como qualquer outra, e merecem ser tratados com seriedade, respeito e empatia”, finaliza a especialista após relato do ator.
