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Cirurgias plásticas após ganho de peso na gravidez exigem avaliação detalhada, dizem especialistas

Cresce a procura por procedimentos reparadores após alterações corporais no puerpério, mas médicos destacam limites e cuidados
O período pós-gestacional representa uma das fases mais transformadoras na vida da mulher — não apenas emocionalmente, mas também fisicamente. Ganhar peso durante a gravidez é algo absolutamente esperado, mas quando o aumento é mais acentuado, como no caso de Duda Reis, que revelou ter engordado 27 kg durante a gestação, é comum que surjam queixas relacionadas à flacidez, excesso de pele e mudanças no contorno corporal.
Essa demanda crescente tem levado muitas mulheres a buscar alternativas cirúrgicas para retomar a autoestima e o bem-estar. Contudo, especialistas alertam que a cirurgia plástica no pós-parto deve ser cuidadosamente planejada e jamais encarada como solução imediata. O cirurgião plástico deve avaliar o tempo decorrido desde o parto, o estado de saúde geral da paciente, a estabilização do peso e a presença de flacidez ou diástase abdominal antes de indicar qualquer procedimento.
Entre os procedimentos mais procurados estão a abdominoplastia, lipoaspiração e mastopexia com ou sem prótese. No entanto, muitos dos incômodos relatados por mulheres após a gravidez são considerados reversíveis com tempo, cuidados com alimentação e reequilíbrio hormonal. Por isso, a recomendação médica costuma ser de aguardar pelo menos seis meses a um ano após o parto antes de se submeter a uma cirurgia plástica, especialmente quando a mulher está em fase de amamentação.
Além disso, fatores psicológicos também devem ser levados em conta. A expectativa de “recuperar o corpo de antes” pode gerar frustração se não for bem conduzida. Por isso, o suporte multidisciplinar — com nutricionista, psicólogo e ginecologista — é altamente recomendado.
Casos como o de Duda Reis ajudam a dar visibilidade a um tema que envolve saúde, autoestima e autoconhecimento. A cirurgia pode, sim, ser uma aliada, mas não substitui o tempo de recuperação natural do corpo, que passou por nove meses de intensas transformações hormonais e físicas.
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