Psicóloga comenta fobia de Luisa Arraes: ‘É um medo irracional’

Durante uma gravação recente, a atriz Luisa Arraes (31) surpreendeu ao revelar uma experiência marcante: ela descobriu sofrer de claustrofobiaao ter que atuar com uma câmera amarrada ao corpo. A reação intensa, com crise de choro, acendeu um alerta e expôs uma condição que atinge milhões de pessoas.

Mas o que realmente significa viver com esse tipo de fobia? Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Leticia de Oliveira analisa o caso e traz informações importantes sobre o impacto desse transtorno.

“A claustrofobia está dentro dos transtornos de ansiedade, é uma fobia específica: é um medo irracional diante de lugares apertados e da impossibilidade de movimentação“, explica a especialista.

Ela destaca que situações comuns do dia a dia podem ser altamente estressantes para quem convive com o problema.

“Por exemplo, numa ressonância magnética. Muitas pessoas têm essa sensação de sufocamento, esse desespero num aparelho de ressonância. Tanto que existe a possibilidade de fazer com anestesia. Tem gente que tem essa sensação de claustrofobia em túnel, em elevador, em sala sem janela, em avião“, detalha.

Condição afeta mais mulheres

De acordo com a psicóloga, a claustrofobia não é algo incomum. “É um transtorno que atinge de 2% a 5% da população — a maior parte é mulher — e pode ter origem biológica“, afirma.

Leticia também alerta que características emocionais e experiências anteriores podem contribuir para o desenvolvimento do quadro.

“Pessoas mais ansiosas têm uma predisposição maior, e, se passaram por algum tipo de trauma de ficar presas em algum lugar ou tiveram exemplos, por exemplo, de pais ou mães que tinham esse medo específico, essa fobia específica com relação a lugares enclausurados, fechados, de difícil movimentação e difícil fuga“, completa a especialista.

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