Moda
Sair duas vezes na semana com os amigos melhora a saúde mental e emocional

Dar risada com os amigos, dividir histórias, conversar por horas sem pressa… Esses momentos simples, mas significativos, podem ser mais poderosos do que parecem. Um estudo publicado na revista PLOS ONE mostra que manter conexões sociais ativas traz benefícios concretos à saúde mental e física. Pessoas com conexões amplas e integradas têm menor risco de doenças, apresentam recuperação mais rápida e até vivem mais.
Os benefícios de uma vida social ativa
A presença constante de amigos e familiares não apenas ajuda a combater a solidão, mas também ativa mecanismos neurológicos e fisiológicos que promovem o equilíbrio do corpo e da mente. De acordo com os pesquisadores, os principais benefícios incluem:
- Redução do estresse: o contato com pessoas queridas regula os níveis de cortisol, o hormônio do estresse.
Melhora do humor: rir, conversar e compartilhar experiências aumentam a liberação de dopamina e serotonina. - Fortalecimento da imunidade: relações sociais positivas estão associadas a uma melhor resposta imunológica.
Recuperação mais rápida de doenças: pacientes com apoio social tendem a se recuperar melhor após cirurgias ou enfermidades. - Saúde cardiovascular: amizades verdadeiras podem proteger o coração literalmente.
Por que estar com os amigos faz tanta diferença?
A explicação pode estar na evolução humana. Segundo o professor Robin Dunbar, psicólogo evolucionista da Universidade de Oxford (que participou de outros estudo sobre conexões), nossos cérebros são moldados para viver em grupo. Para ele, o ideal seria encontrar as pessoas mais próximas pelo menos duas vezes por semana para fortalecer os laços e manter os benefícios ativos.
Além disso, a ciência mostra que o convívio social estimula a liberação de ocitocina, conhecida como “hormônio do amor”. Essa substância promove sensação de segurança, empatia e bem-estar. E esse efeito não é exclusivo das mulheres, homens também se beneficiam profundamente da convivência, seja em esportes coletivos ou em um simples encontro de sexta-feira.
Não é sobre quantidade, e sim qualidade
Você não precisa ter dezenas de amigos, nem viver em festas. O importante é cultivar relações reais, de apoio mútuo e confiança. Segundo Dunbar, manter uma rede de até cinco amigos íntimos já pode fazer uma grande diferença.
Se a vida anda corrida, vale lembrar: ver os amigos também é uma forma de autocuidado. Reservar um tempo para esse tipo de conexão pode ser mais eficaz que muitos tratamentos ou estratégias de produtividade.
Da solidão à conexão: o poder das comunidades femininas aventureiras em São Paulo
A biologia do abraço: efeitos fisiológicos reais do toque humano no corpo