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Moda

Veja como está Mangue Seco 35 anos depois da novela da Globo

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A charmosa vila de Mangue Seco, localizada no município de Jandaíra, no litoral norte da Bahia, na divisa com Sergipe, voltou a ganhar destaque nacional com a nova onda de sucesso da novela “Tieta”.

Com a reprise no quadro “Vale a Pena Ver de Novo“, da TV Globo, e a adaptação da obra para o cinema, o vilarejo entra novamente na rota turística, desta vez impulsionado por fãs da história e por viajantes curiosos em conhecer os cenários que marcaram a teledramaturgia brasileira.

Com o sucesso da reprise de “Tieta” no Vale a pena ver de novo, Mangue Seco voltou a ser notícia nacional
Com o sucesso da reprise de “Tieta” no Vale a pena ver de novo, Mangue Seco voltou a ser notícia nacional – Tatiana Azeviche/Setur

Baseada no livro homônimo de Jorge Amado, publicado em 1977, “Tieta” se firmou como um dos maiores fenômenos da TV Globo. A primeira exibição, entre 1989 e 1990, foi mais do que um sucesso de audiência: gerou uma verdadeira febre comercial, com direito a linha de cosméticos, moda inspirada na personagem e até trilha sonora em discos e fitas cassete. Desde então, a trama marcou presença em diversas reprises, incluindo uma no Vale a Pena Ver de Novo entre 1994 e 1995, e outra em 2017 pelo Canal Viva.

Vilarejo de Mangue Seco, no norte da Bahia, voltou atrair turistas com a reprise da novela da Globo
Vilarejo de Mangue Seco, no norte da Bahia, voltou atrair turistas com a reprise da novela da Globo – Divulgação/Expedição Mangue Seco

Agora, em plena era digital, o retorno de “Tieta” parecia improvável,  mas a Globo surpreendeu ao colocá-la novamente em exibição como parte das comemorações pelos 60 anos da emissora. E com isso, Mangue Seco, que serve de cenário para a fictícia Santana do Agreste, volta a ser destino cobiçado por quem busca sol, mar, dunas e um toque de nostalgia literária e televisiva.

Da telinha para a telona

Rodado em 1995 (ano em que a novela estava sendo reexibida na Globo), o filme “Tieta do Agreste”, de João Ubaldo Ribeiro, Antônio Calmon e Cacá Diegues, teve Sônia Braga como protagonista e dividiu opiniões com aqueles que viam em Betty Faria uma representação tão forte da personagem nas telas. Ambas as obras apresentam conceitos e linhas estéticas distintas em suas composições, cada qual com suas qualidades, afinal, Tieta, a personagem, já faz parte do imaginário do Brasil.

Vista da vila de Mangue Seco, no norte da Bahia
Vista da vila de Mangue Seco, no norte da Bahia – RKBarreto / Setur

Para aqueles que amam o livro, a Tieta loira fruto da imaginação do leitor. Para aqueles que amam a novela, a Tieta do lenço vermelho e dos figurinos estonteantes de Betty. Já para aqueles que amam o filme, a Tieta nua e crua de Sônia com suas perucas e o icônico chapéu amarelo e vermelho.

E como está Mangue Seco nos dias atuais?

Mangue Seco das dunas, dos caranguejos, do rio Real, da praia e das cabras. Esse Mangue Seco, tão bem explorado na TV e no cinema, ainda é motivo de curiosidade e mistério. Se Santana do Agreste é um lugar que não existe no mapa, o que seria equivalente à cidade de onde Tieta foi expulsa quando moça? A Pontal, bairro de Sergipe? Ao povoado de Coqueiro, no município de Jandaíra?

A busca por uma Santana do Agreste imaginária e pelas imagens sedutoras que podem ser vistas recentemente nas tardes da Globo provocou a curiosidade do ator e colunista de cultura Josuel Junior e do artista visual Arthur Scovino. Juntos, os dois exploraram por uma semana o vilarejo baiano a fim de revisitar o Mangue Seco do imaginário de Jorge Amado dentro do projeto “Expedição Mangue Seco”.

A pesquisa começou em 2025. Arthur e Josuel mergulharam no universo de “Tieta” para a expedição que irá visitar as locações escolhidas pelo designer Hans Donner para a composição da vinheta de abertura da novela, casas que serviram de fachada para algumas cenas da primeira fase da trama, moradores que acompanharam de perto as gravações das duas obras (na TV e no cinema), além da produção de um verdadeiro guia turístico para quem também quer se aventurar no bucólico cenário a céu aberto.

Arthur e Josuel mergulharam no universo de “Tieta” para a expedição
Arthur e Josuel mergulharam no universo de “Tieta” para a expedição – Divulgação/Expedição Mangue Seco

“A expedição é a materialização de um sonho antigo, que começou na infância com a novela e depois as inúmeras leituras do meu livro preferido de Jorge Amado. O que tenho até aqui são construções imaginárias desse lugar paradisíaco na divisa da Bahia com Sergipe, que me gerou mil fantasias”, diz o artista visual Arthur Scovino.

“Há um entendimento geral, quase senso comum, de que a novela foi inteiramente gravada em Mangue Seco, assim como o filme. O que mostraremos é aquilo que todo apreciador de obras audiovisuais gosta: a contextualização histórico-cultural do local. Mangue Seco é muito mais que ‘Tieta’, isso sabemos… mas sem ‘Tieta’, Mangue Seco não seria a mesma coisa”, explica o ator Josuel Junior.

“Queremos mostrar o passo a passo para se chegar ao vilarejo, como funciona a travessia de rio para a península, qual a distância real de um lado (do rio) para o outro (da praia), além de entender o que o turista precisa saber para também fazer suas expedições com seus amores, seus amigos e suas famílias, na criação de suas próprias memórias”, completa Junior.



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