Connect with us

Celebridade

Médica fala sobre Gloria Pires, Tony Ramos e Zezé Motta: ‘Genética não é desculpa’

Published

on

Celebridades como Gloria Pires, Tony Ramos e Zezé Motta estão envelhecendo ativamente e médica explica como estilo de vida influencia mais que genética

Celebridades 60+ estão mostrando que envelhecer bem é mais do que possível: é inspirador. Ícones da TV e da música como Gloria Pires (61), Tony Ramos (76) e Zezé Motta (81) seguem ativos, saudáveis e com forte presença nas redes sociais. Eles são prova viva de que a maturidade pode ser sinônimo de vitalidade, não de limitações.

A tendência de envelhecer com saúde, autoestima e propósito já é uma realidade. Em entrevista à CARAS Brasil, a geriatra Roberta França analisa os hábitos por trás dessa longevidade ativa e dá dicas valiosas para quem quer seguir o mesmo caminho.

Influência do estilo de vida na longevidade

Muita gente ainda acredita que envelhecer bem depende da genética. Mas a especialista rebate esse mito: “Diferente do que a maioria das pessoas pensa, a longevidade é muito mais influenciada pelo estilo de vida do que pela genética. Estudos mostram que a genética contribui com cerca de 20 a 30% no máximo em relação à variação da longevidade e à forma como cada um de nós irá envelhecer.”

“No entanto, são os fatores ambientais, as escolhas conscientes e o seu estilo de vida que respondem por 70 a 80% do tipo de envelhecimento que você deseja ter. Isso demonstra que a genética não pode ser considerada um fator preponderante, tampouco deve ser vista como uma condenação ou destino.
‘Ah, essa é a minha genética.’ Isso não pode ser usado como desculpa para não envelhecermos bem”, afirma a geriatra.

Leia também: Fernanda Montenegro, Lima Duarte, Laura Cardoso e Ruy de Carvalho desafiam o tempo: ‘O mais importante é…’

Hábitos saudáveis que garantem qualidade de vida após os 60

A médica destaca que envelhecer com saúde está diretamente ligado a escolhas diárias: “Considerando que 70% a 80% dos fatores que determinam uma longevidade saudável estão atrelados ao nosso estilo de vida, isso significa que esses fatores são modificáveis, ao contrário da nossa genética, que não podemos alterar. Podemos, no entanto, melhorar nossos hábitos, como adotar uma alimentação saudável, praticar atividade física regularmente, garantir um sono adequado (algo que muitas vezes desconsideramos), controlar o estresse (o que parece difícil no mundo atual), e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, o que também é essencial.”

Essas práticas, segundo ela, são o diferencial: “Todos esses são fatores modificáveis que impactam positivamente nossa longevidade. Adotar esses comportamentos saudáveis pode muitas vezes compensar uma predisposição genética desfavorável. Ou seja, esses fatores fazem toda a diferença, e é importante lembrar que, a cada dia, temos em nossas mãos a possibilidade de melhorar e modificar a qualidade do nosso envelhecimento.”

O que as regiões mais longevas do mundo nos ensinam?

Segundo a geriatra, a medicina atual se inspira nas chamadas “blue zones” – áreas do mundo onde as pessoas vivem mais e melhor: “Dentro da medicina do estilo de vida, falamos muito sobre os conceitos das blue zones (zonas azuis, em português). Para quem não conhece, as blue zones são regiões do mundo onde as pessoas vivem por muito tempo, sendo extremamente longevas e saudáveis.
E não é apenas uma questão de viver muitos anos, mas sim viver de forma saudável.”

Ela explica o segredo dessas comunidades: “São pessoas que ultrapassam os 90 anos, muitos chegam aos 100 anos, mas com qualidade de vida. Atualmente, reconhecemos cinco dessas regiões no mundo, que são: uma no Japão, outra na Itália, uma na Costa Rica, uma na Grécia e outra nos Estados Unidos.
Curiosamente, essas regiões não têm relação com a genética, a geografia local ou o tipo de raça; elas estão muito mais relacionadas às escolhas feitas por essas comunidades.”

“Dentro dessas comunidades, a alimentação é rica e saudável, com muitas frutas, verduras, grãos integrais, peixes e pouca carne, especialmente carne vermelha, e mais carne branca. A atividade física é natural ao longo do dia, com destaque para caminhadas, evitando o uso de carros e outras formas de transporte, além de jardinagem e outros movimentos do cotidiano.”

“Essas pessoas têm vínculos familiares e sociais muito fortes. Em todos esses lugares, o senso de comunidade e união entre as pessoas é bastante marcante. Além disso, esses indivíduos buscam um propósito de vida, encontrando significado e motivação diários. Consomem muito pouco álcool e, quando o fazem, preferem o vinho tinto. Procuram maneiras de relaxar, inclusive em comunidade, e têm o hábito de praticar Tai Chi Chuan, Yoga e meditação. Passam muito tempo em contato com a natureza.”

“Uma regra interessante seguida por eles é a dos 80%: comer até estar 80% satisfeito. Com isso, essas pessoas não têm problemas com obesidade, hipertensão, diabetes ou colesterol elevado. Como resultado, são não apenas longevas, mas também extremamente saudáveis. Portanto, os propósitos de vida, as escolhas diárias e a busca por um estilo de vida saudável são fundamentais.”

Celebridades 60+ mostram que é possível viver melhor

A médica finaliza citando personalidades brasileiras que são inspirações nesse processo: “Quando vemos exemplos de artistas como Tony Ramos, Fernanda Montenegro e Mari Fontoura, fica claro o quanto essas escolhas conscientes e a busca constante por um propósito de vida fazem a diferença.
Essas pessoas mostram, cada vez mais, que é possível viver muito, viver bem e, o mais importante, viver melhor — fazendo da genética uma pequena parte do nosso caminho.”

Continue Reading
Advertisement
Clique para comentar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Revista Plateia © 2024 Todos os direitos reservados. Expediente: Nardel Azuoz - Jornalista e Editor Chefe . E-mail: redacao@redebcn.com.br - Tel. 11 2825-4686 WHATSAPP Política de Privacidade