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Visto de turismo para os EUA aumenta para mais de R$ 2.500; entenda

Planejar uma viagem para os Estados Unidos vai exigir mais do bolso dos brasileiros. A partir de 1º de outubro, o custo para tirar o visto americano de turismo (categoria B1/B2) vai ultrapassar os R$ 2.500, graças à aprovação de uma nova taxa pelo Congresso norte-americano.
A medida faz parte do pacote legislativo batizado de “One Big Beautiful Bill“, sancionado pelo presidente Donald Trump.
A nova cobrança, chamada de Visa Integrity Fee (“taxa de integridade do visto”, em português), adiciona US$ 250 ao processo de emissão do visto. Isso se soma à taxa consular tradicional de US$ 185 e ao valor do formulário I-94, de US$ 24. Na cotação atual, o total chega a US$ 459 –cerca de R$ 2.550. E não há exceções: todos os solicitantes de visto de não imigrante, como turistas, estudantes e intercambistas, terão que arcar com o novo valor.
Embora a taxa só seja cobrada se o visto for aprovado, o aumento representa um salto de mais de 117% em relação ao custo anterior. E, apesar de haver previsão de reembolso em casos específicos, o processo ainda não está totalmente detalhado pelas autoridades americanas.
O que é a Visa Integrity Fee
A Visa Integrity Fee é uma taxa adicional criada para reforçar o controle migratório e garantir que os visitantes cumpram as regras do visto. Segundo o texto aprovado, ela será cobrada no momento da emissão do documento, ou seja, apenas para quem tiver o visto aprovado.
A taxa poderá ser reajustada anualmente com base na inflação e está sujeita a alterações por decisão do Departamento de Segurança Nacional dos EUA. Por enquanto, o valor inicial é de US$ 250, mas não há garantias de que ele permanecerá assim nos próximos anos.
Quem será afetado pela nova taxa do visto americano
A nova regra vale para todos os vistos de não imigrante, incluindo:
- Turismo (B1/B2);
- Estudo (F/M);
- Trabalho temporário (H-1B);
- Intercâmbio (J);
- Tratamento médico e acompanhantes.
Vistos diplomáticos (categorias A e G) estão isentos da cobrança. Para brasileiros, que representam uma parcela significativa dos solicitantes, o impacto é direto –e sem possibilidade de desconto ou isenção.
Quando começa a valer a nova taxa?
A cobrança da nova taxa entra em vigor a partir de 1º de outubro de 2025, início do ano fiscal americano de 2026. A partir dessa data, todos os pedidos de visto de não imigrante estarão sujeitos à nova regra.
Ainda não há informações sobre mudanças no processo de agendamento ou entrevista, mas é recomendável acompanhar os canais oficiais da Embaixada e dos Consulados dos EUA para atualizações.
Reembolso é possível, mas com regras
Apesar do aumento, há uma brecha para reembolso da Visa Integrity Fee –mas ela vem com exigências. O solicitante poderá pedir devolução do valor se:
- Não utilizar o visto dentro do prazo de validade;
- Cumprir todas as regras migratórias e deixar os EUA até cinco dias após o vencimento do I-94;
- Solicitar extensão ou ajuste de status de forma legal durante a validade do visto.
O reembolso não será automático. Será necessário apresentar documentos que comprovem o cumprimento das regras e formalizar o pedido junto ao governo americano. O processo será analisado pelo Department of Homeland Security (DHS) e, se aprovado, o valor será devolvido. Caso contrário, será retido pelo Tesouro dos EUA.
O que muda para quem vai viajar
Para quem está planejando uma viagem de turismo aos Estados Unidos, o aumento no custo do visto pode pesar no orçamento. Além das passagens, hospedagem e seguro viagem, o visto passa a representar um gasto significativo –especialmente para famílias que viajam juntas.
A recomendação é se planejar com antecedência e considerar o novo valor no cálculo total da viagem. Também vale verificar se o visto atual ainda está válido, já que ele tem duração de até 10 anos para brasileiros.
Com a nova taxa entrando em vigor em outubro, quem pretende viajar em 2026 pode considerar antecipar o pedido de visto para evitar o aumento. No entanto, é preciso lembrar que o visto só é emitido após aprovação na entrevista, e não há garantia de que o processo será concluído antes da nova regra entrar em vigor.
Além disso, o visto só deve ser solicitado se houver planos concretos de viagem, já que a taxa extra só será cobrada na emissão, e não no agendamento ou entrevista.