Celebridade
Médico explica efeitos do novo tratamento do ex-apresentador da Globo contra o câncer: ‘Adversos’

Ex-apresentador da Globo, Jonas Almeida luta contra um tipo de câncer e já passou por cirurgia
Em luta contra um câncer de pulmão com mutação agressiva, o ex-apresentador da Globo Jonas Almeidas iniciou a quimioterapia na semana passada. No mês passado, ele foi submetido a uma cirurgia para retirar 20% do pulmão como parte do tratamento.
“Vocês não fazem ideia da minha alegria… Esperei muito por esse dia. Sei que vem muita dor por aí, não espero coisa diferente. Os enfermeiros disseram hoje que a químio que eu fiz é a que tem mais efeitos colaterais. Mas não conheço nada bom na vida que não doa. Até pra gente se conhecer mais, dói. E como eu tenho me conhecido. Sei que os próximos meses serão complicados, mas a alegria que eu sinto aqui sempre foi uma escolha minha. E ela me faz voar. Deus na veia”, desabafa.
A CARAS Brasil entrevista o Dr. Wesley Andrade, oncologista mastologista e oncologista cirurgião, sobre os efeitos colaterais da quimioterapia do ex-apresentador do ex-Vanguarda Mix, da TV Vanguarda, afiliada da emissora carioca no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.
“A quimioterapia age sobre as células que se dividem rapidamente, como as células tumorais, mas também afeta células saudáveis, o que pode causar efeitos adversos que podem comprometer a aparência e a qualidade de vida”, diz ele. Os mais comuns incluem:
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Fadiga intensa
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Náuseas e vômitos
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Perda de apetite
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Queda de cabelo (alopecia)
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Redução da imunidade (leucopenia, neutropenia)
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Anemia
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Feridas na boca (mucosite)
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Alterações gastrointestinais (diarreia ou constipação)
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Alterações nas unhas e pele
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Neuropatia periférica (formigamento ou dormência em mãos e pés).
Após sua primeira sessão, Jonas detalhou aos fãs que foi informado sobre os efeitos colaterais da quimioterapia. Ele, no entanto, deseja seguir com o plano médico para recuperar sua saúde. “A intensidade desses efeitos pode variar conforme o esquema de quimioterapia utilizado, o estado geral do paciente e a presença de comorbidades”, explica o médico.
Efeitos colaterais da terapia-alvo
A terapia-alvo age de forma mais específica, bloqueando vias moleculares responsáveis pelo crescimento do tumor. “Por isso, tende a ter menos efeitos sistêmicos do que a quimioterapia, mas também apresenta toxicidades particulares”, diz o oncologista. Os principais efeitos são:
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Alterações cutâneas (acne, ressecamento, erupções)
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Diarreia
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Fadiga leve a moderada
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Tosse ou falta de ar (raro, por pneumonite medicamentosa)
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Alterações nas unhas e crescimento de pelos
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Inflamação nos olhos (conjuntivite ou ceratite)
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Hepatotoxicidade (inflamação do fígado) leve a moderada.