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Estudo descobre ingrediente que pode provocar alterações genéticas associadas a câncer cerebral

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Um novo estudo publicado na Scientific Reports acende um alerta sobre o uso do aspartame, adoçante artificial amplamente presente em refrigerantes e alimentos com a alegação de serem “zero açúcar”. Os pesquisadores descobriram que a substância pode provocar alterações genéticas que intensificam a agressividade do glioblastoma multiforme, um tipo de câncer cerebral altamente maligno e de difícil tratamento.

Embora o estudo tenha sido realizado em camundongos, os resultados indicam que o consumo de aspartame não passou despercebido pelo organismo: houve uma alteração significativa no microbioma intestinal e na expressão de genes ligados à progressão tumoral.

Como o aspartame pode influenciar no câncer

De acordo com os cientistas, uma das principais descobertas foi a queda na abundância de bactérias da família Rikenellaceae no intestino dos animais expostos ao adoçante. Essa disbiose intestinal pode estar relacionada a mecanismos genéticos que tornam os tumores mais agressivos.

A pesquisa sugere que o aspartame altera o padrão de metilação do RNA na via N6-metiladenosina — processo fundamental para o controle da expressão genética e do ciclo de vida celular. Esse tipo de alteração pode favorecer o crescimento e a agressividade de células tumorais no cérebro.

Aspartame, presente em refrigerantes e alimentos com a alegação de serem “zero açúcar” é associado à expressão de genes ligados a câncer cerebral
Aspartame, presente em refrigerantes e alimentos com a alegação de serem “zero açúcar” é associado à expressão de genes ligados a câncer cerebral – axeiz77/istock

Aspartame e o risco de câncer: o que diz a OMS

Em 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o aspartame como “possivelmente cancerígeno”, colocando-o no grupo 2B de risco da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC). Isso significa que existem evidências limitadas de associação com o câncer em humanos e evidências insuficientes em animais.

Apesar disso, o adoçante ainda é permitido em produtos alimentícios, desde que o consumo não ultrapasse o limite diário considerado seguro: 40 miligramas por quilo de peso corporal. Para uma pessoa de 70 kg, isso equivale a cerca de 2.800 mg por dia — uma quantidade que pode ser alcançada facilmente com o consumo exagerado de produtos dietéticos.

Impactos para a saúde pública e novas recomendações

Segundo os autores do estudo, os resultados vão além da associação com o glioblastoma. Eles representam uma oportunidade para revisar o uso extensivo de adoçantes artificiais e investigar seus impactos de longo prazo na saúde humana.

“Essas descobertas não apenas reforçam a necessidade de avaliar com mais rigor a segurança do aspartame, como também apontam para uma possível ligação entre seu consumo e a progressão de tumores cerebrais”, concluem os cientistas.



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