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Sintoma persistente revela tumor cerebral em mulher de 39 anos

No fim de 2021, Charlotte Coxon, produtora de TV e mãe de dois filhos, começou a sentir dores de cabeça frequentes e intensas. Apesar do incômodo, ela continuou com sua rotina, sem imaginar que o desconforto era o prenúncio de um tumor cerebral agressivo.
A princípio, os sintomas eram sutis: além da cefaleia constante, tarefas simples como escrever e dirigir passaram a exigir esforço. Mesmo assim, a ausência de sinais mais alarmantes fez com que Charlotte adiasse a busca por atendimento médico.
O diagnóstico e o desafio do glioblastoma
Somente em janeiro de 2022, após o agravamento dos sintomas, Charlotte procurou ajuda médica. Os exames revelaram a presença de um glioblastoma – o tipo mais comum e agressivo de tumor cerebral em adultos.
Esse câncer se desenvolve rapidamente a partir de astrócitos, células que sustentam os neurônios, e compromete funções como fala, coordenação motora e memória. Mais de 80% dos pacientes diagnosticados com glioblastoma não sobrevivem além de dois anos.
Sintomas que merecem atenção
Os sinais de um tumor cerebral podem variar, dependendo da região afetada, mas alguns sintomas são comuns: dores de cabeça matinais, náuseas, alterações de personalidade, convulsões, visão periférica comprometida e fraqueza muscular. Problemas de fala, desequilíbrio e confusão mental também são indicativos de alerta.
Tratamento e rotina ativa até o fim
Charlotte foi submetida a cirurgia, seguida de seis semanas intensas de quimioterapia e radioterapia. Apesar dos efeitos do tratamento, ela decidiu manter-se ativa, conciliando o trabalho com os cuidados da família.
Em 2024, porém, o tumor retornou com força. Em março, novos exames mostraram seu avanço, e no início de julho, Charlotte foi internada com dores intensas. Faleceu em 9 de julho, aos 41 anos.
Alerta para os sintomas
Após a perda da esposa, John Coxon passou a atuar como voluntário na organização Brain Tumour Research, dedicada a fomentar estudos sobre tumores cerebrais. Ele destaca a importância de estar atento aos sinais persistentes, mesmo quando parecem inofensivos.
Os filhos do casal, Thomas e Anna, seguem em processo de adaptação à ausência da mãe. O caso de Charlotte reforça a necessidade de buscar ajuda médica ao menor sinal de sintomas contínuos ou incomuns.