Música
As versões brasileiras de Emmanuelle inspiradas no clássico erótico dos anos 70

Com a estreia de Emmanuelle, nova versão do clássico erótico dos anos 70, agora pelas lentes da diretora Audrey Diwan (O Acontecimento) e com Noémie Merlant (Retrato de Uma Jovem em Chamas) no papel-título, o mito erótico volta ao centro do debate, agora sob uma ótica feminista e contemporânea.
Essa releitura reacende o interesse por versões anteriores e destaca, inclusive, como países como o Brasil também projetaram suas próprias fantasias em torno da personagem. Por aqui, o impacto de Emmanuelle foi sentido inicialmente no auge da pornochanchada — gênero que dominava o cinema nacional nos anos 1970 e início dos 80 — e, anos depois, com as exibições das dezenas de versões do filme na grade da TV aberta durante a madrugada dos sábados. Confira a seguir algumas versões tupiniquins inspiradas no longa que até hoje mexe com a mente e a libido dos cinéfilos:
1. Emmanuelle Tropical (1977) – Dir. J. Marreco
Uma das primeiras tentativas de abrasileirar o mito de Emmanuelle. Estrelado por Rossana Ghessa, o filme mistura erotismo com a estética tropical da pornochanchada, aproveitando-se do nome internacionalmente conhecido. A produção, de baixo orçamento, é hoje uma raridade cult entre colecionadores, e traz uma protagonista envolvida em jogos de sedução típicos do gênero, mas com um tom mais desbocado e carnavalesco.
2. A Filha de Emmanuelle (1980) – Dir. Oswaldo de Oliveira
Com Vanessa Alves (Amor, Estranho Amor) no papel principal, o longa aposta na ideia de uma herdeira da personagem original, agora em solo brasileiro. O erotismo é conduzido com a mesma ousadia das chanchadas da época, mas flerta com um tom mais melodramático. O diretor, veterano do gênero, soube explorar as fantasias do público com uma narrativa carregada de insinuações e sensualidade tropical.
3. Giselle (1981) – Dir. Victor Di Mello
Embora não use o nome Emmanuelle, o filme é claramente uma releitura brasileira do arquétipo da mulher livre e sensual popularizado por Sylvia Kristel. Com Alba Valéria como protagonista, o longa investe em cenas ousadas e protagonismo feminino marcado. Victor Di Mello, que dirigiu diversos títulos da pornochanchada, aposta aqui em uma narrativa que mistura desejo, liberdade sexual e paisagens exuberantes.
Esses filmes, ainda que distintos, demonstram como o imaginário de Emmanuelle atravessou fronteiras e encontrou eco no Brasil, adaptado ao estilo mais direto, popular e por vezes satírico da pornochanchada.
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