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Final de Round 6 faz referência ao primeiro episódio da série; entenda

Um dos principais sucessos da Netflix, Round 6 foi concluída na terceira e temporada, disponível na plataforma desde o final de junho. A última parte da série traz o desfecho da história de Gi-hun (Lee Jung-jae), mas logo nos primeiros capítulos de Round 6 já era possível prever o que aconteceria.
Qual é a história de Round 6?
Na trama, centenas de pessoas em situação de emergência aceitam um convite para participar de um jogo misterioso com um prêmio de 45,6 bilhões de won (moeda da série). No entanto, os participantes que não concluírem os desafios são mortos.
O grande vencedor foi Gi-hun, o jogador 456, que passa atuar para acabar com a competição. Mas, para isso, ele precisa voltar ao jogo. Agora, na última temporada, após uma rebelião fracassada que terminou na morte de um amigo, ele está em seu pior momento e precisa tomar decisões cruciais enquanto os jogadores sobreviventes são arrastados para novos desafios letais.
O fim que conclui o início
Pai negligente e completamente endividado, Gi-hum assume um espírito revolucionário ao vencer e buscar o fim dos jogos. No entanto, a revolução não é possível, e o personagem se dá conta de que é preciso escolher as lutas certas, já que acabar completamente com o jogo não está ao alcance.
Em termos numéricos, todas as temporadas de Round 6 foram um sucesso. Mas a necessidade da segunda e da terceira temporada foram questionadas, com o próprio diretor Hwang Dong-hyuk afirmando que comandou os novos episódios com um único objetivo: dinheiro.
O desfecho acontece com Gi-hun se sacrificando. Como apenas um jogador pode vencer, ele escolhe salvar o bebê recém-nascido de Jun-hee, um comportamento sugerido durante toda a série. Tanto que as últimas palavras de Gi-hun fazem referência a um símbolo do primeiro episódio de Round 6.
Na ocasião, o personagem é apresentado como preguiçoso e desleixado enquanto aposta em corridas de cavalo para ganhar dinheiro e levar a filha para o parque. O tema da diversão a partir da exploração de seres vivos (cavalos ou humanos) é um dos pontos centrais de Round 6. A correlação entre os animais e os jogadores é insinuada enquanto Gi-hum enfrenta o líder (Lee Byung-hun). Os jogos existem apenas porque um grupo de pessoas muito ricas estava disposto a assassinar pessoas em troca de diversão. No entanto, Gi-hun questiona a prática de horrível até o fim. “Nós não somos cavalos”, diz ele, instantes antes de morrer.
A frase continua: “Nós somos pessoas. E pessoas…”. A falta de um complemento foi pensada por Hwang Dong-hyuk para retratar que é impossível definir o que os humanos são.
“À medida que escrevia, ficou claro que eu não conseguiria resumir tudo em uma única linha. As pessoas são complexas demais para serem definidas categoricamente dessa forma. E se eu enviasse aos espectadores uma mensagem tão explícita, tão normativa e didática, isso acabaria limitando a própria mensagem. Então, decidi que o resto do que eu queria dizer seria expresso fisicamente por Gi-hun, por meio de suas ações, de seus feitos e do sacrifício que ele faz para salvar aquela criança”, explicou o diretor em Conversando Sobre Round 6, também disponível na Netflix.
Por mais controversa que a conclusão da série seja, o ato final de Gi-hun fecha o ciclo perfeitamente. Ser um humano significa se importar com os outros acima de qualquer coisa, inclusive dinheiro.
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