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Conheça alimentos que elevam em 58% o risco de depressão persistente

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Conheça alimentos que elevam em 58% o risco de depressão persistente


Estudo recente divulgado na revista científica Journal of Academy of Nutrition and Dietetics mostra uma associação preocupante entre o consumo frequente de alimentos ultraprocessados e o desenvolvimento de quadros depressivos.

Alimentos ultraprocessados podem aumentar o risco de depressão devido à falta de nutrientes essenciais e ao impacto na saúde intestinal. | (Foto usada apenas para fins ilustrativos. Posada por profissional.)
Alimentos ultraprocessados podem aumentar o risco de depressão devido à falta de nutrientes essenciais e ao impacto na saúde intestinal. | (Foto usada apenas para fins ilustrativos. Posada por profissional.) – iStock/AndreyPopov

Segundo dados globais, a depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas e é a principal causa de incapacidade no mundo.

Impacto desses alimentos na saúde mental

A pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) destaca que esses produtos industrializados possuem pouca ou nenhuma quantidade de nutrientes fundamentais para o cérebro, como fibras, vitaminas e antioxidantes, o que contribui para o surgimento e agravamento da doença.

Os alimentos são classificados em quatro categorias principais:

  1. não processados (frutas, verduras e grãos);
  2. ingredientes culinários (como sal, açúcar e óleos);
  3. processados (alimentos industrializados de forma moderada, como frutas em conserva e queijos);
  4. ultraprocessados (refrigerantes, salgadinhos, embutidos e alimentos prontos para consumo rápido).

O estudo alerta que o aumento do consumo de ultraprocessados implica automaticamente na redução da ingestão de nutrientes essenciais.

Além disso, esses alimentos, devido à sua composição e forma de preparo, promovem inflamação no organismo e alteram a microbiota intestinal, que tem papel fundamental na regulação do sistema nervoso.

Essas alterações podem afetar o cérebro por meio da neuroinflamação e da mudança na produção de neurotransmissores, desencadeando reações como estresse e depressão.

Metodologia do estudo

Os dados analisados vêm do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), que acompanha a saúde de servidores públicos em seis capitais brasileiras desde 2008.

A pesquisa revela que participantes com maior consumo de ultraprocessados apresentaram 30% mais risco de desenvolver um episódio inicial de depressão ao longo de oito anos.

Quando comparados os grupos de baixo e alto consumo, a chance de depressão persistente subiu 58% para quem ingere mais esses produtos.

A escolha consciente de alimentos minimamente processados ajuda a reduzir o risco de transtornos psicológicos e promove o bem-estar.
A escolha consciente de alimentos minimamente processados ajuda a reduzir o risco de transtornos psicológicos e promove o bem-estar. – RealPeopleGroup/istock

Aumento do consumo de alimentos ultraprocessados

Entre 2013 e 2023, o consumo desses alimentos no Brasil aumentou 5,5%, conforme estudo da Universidade de São Paulo.

Fatores como a urbanização, a distância da produção caseira, a rotina acelerada das cidades e o preço baixo dos produtos industrializados em relação a alimentos frescos contribuem para essa tendência crescente.

A pesquisa também aponta que reduzir o consumo desses alimentos em apenas 5% pode diminuir o risco de depressão em 6%, e uma redução de 10% pode levar a uma queda de 11% na probabilidade da doença, reforçando a importância da adoção de uma alimentação mais natural e balanceada.



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