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Médico alerta para doença grave de Carlinhos de Jesus: ‘Exige resiliência’

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Após desabafo de Carlinhos de Jesus no Fantásico, o médico Saulo Nader explicou e alertou a condição que afeta o dançarino; saiba tudo

Carlinhos de Jesuscontou no domingo (31) ao Fantástico sobre o diagnóstico de uma doença autoimune que afeta a bainha de mielina e revelou como começaram os sinais e pontuou como foi feito o diagnóstico. Em entrevista à CARAS Brasil, o neurologista Saulo Nader explicou e alertou para o quadro do dançarino.

O que é esta doença?

O coreógrafo contou ao dominical da Globo como iniciaram-se os sintomas: “Eram umas fisgadas e passava, andava 3 ou 4 passos e doía novamente.Quando cheguei no Rio de Janeiro não aguentava mais de dor, e cheguei a cair. Era tanta dor que a medicação para eu dormir era morfina”. O neurologista explicou que a doença afeta a parte que protege os nervos, a chamada bainha de mielina: “Ela é o que garante que os sinais elétricos do cérebro e da medula cheguem com velocidade e precisão ao resto do corpo. Quando ela é danificada, os sinais ficam truncados, lentos ou até se perdem. E aí o corpo responde com fraqueza, formigamentos, dores e desequilíbrio. é uma condição autoimune que atinge o sistema nervoso periférico. É como se o corpo, que deveria nos proteger, começasse a confundir amigo com inimigo e atacasse estruturas essenciais para o funcionamento dos nervos. Uma das principais vítimas desse ataque é a bainha de mielina, que é uma espécie de “capa protetora” que envolve os nervos como o fio de cobre de um carregador que vem revestido de plástico.”

Outras inflamações

Carlinhos ainda falou sobre uma inflamação nos quadris e uma tendinite nos glúteos. O Dr. Saulo alertou para o fato de que, aliado a doença autoimune, outros quadros podem piorar: “Quando o sistema imunológico está desregulado, como nas doenças autoimunes, ele pode facilitar inflamações em várias partes do corpo, não só nos nervos. Além da dor neurológica (aquela que vem do próprio nervo inflamado ou lesionado), os pacientes muitas vezes desenvolvem dores musculares, articulares e até condições como bursite e tendinite. Essas inflamações nos tendões e bursas (pequenas bolsas que amortecem o atrito entre músculos e ossos) podem ser consequência direta do processo inflamatório mais amplo do organismo ou secundárias à sobrecarga e compensações posturais causadas pela fraqueza muscular e desequilíbrio.”

Ainda, o médico alerta: “Não é só ‘uma dor aqui e ali’ o corpo inteiro tenta se adaptar, e isso pode gerar um ciclo de dor e inflamação. É como um dominó: mexe em um sistema e o impacto vai ressoando nos outros.”

Tratamento

Por fim, o neurologista afirma que há maneiras de se cuidar da doença neurológica autoimune que o afeta. Mesmo sendo crônica, pode-se ter uma vida plena e cuidando de sintomas, impedindo dores e afins:  “O tratamento precisa ser multidisciplinar e individualizado. O primeiro passo é conter a resposta autoimune com medicamentos que modulam ou suprimem o sistema imunológico, como os corticoides, imunoglobulina intravenosa ou imunossupressores. A escolha depende da gravidade e da resposta do paciente. Mas não é só com remédio que se trata essa condição. O segundo pilar fundamental é a reabilitação neuromuscular , fisioterapia, terapia ocupacional, fortalecimento gradual.”

Para finalizar, o Dr. Saulo complementa: O corpo precisa reaprender a se movimentar com segurança e eficiência. E aqui entra o fator emocional: viver com uma doença crônica exige resiliência. Por isso, o suporte psicológico e o acompanhamento próximo são tão importantes quanto os medicamentos. O tratamento é para o paciente, não só para a doença.”

Leia também: Carlinhos de Jesus fala sobre o diagnóstico que o levou a usar cadeira de rodas

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