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5 dicas para estudar atualidades para o Enem 2025

O termo “atualidades” surgiu no início do século 20 para nomear curtas-metragens que retratavam acontecimentos do presente —uma espécie de jornal visual que representava o “aqui e agora” das sociedades modernas. Mais de um século depois, o conceito se reinventa e ganha força no universo educacional, especialmente entre estudantes que se preparam para vestibulares e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Hoje, acompanhar os temas em alta deixou de ser apenas uma prática de quem gosta de estar bem informado. Tornou-se uma estratégia de estudo. Isso porque as provas do Enem são construídas com base em conexões entre conteúdos clássicos e questões contemporâneas, exigindo do candidato uma leitura crítica do mundo. E é aí que as atualidades entram como diferencial.
“Os temas de atualidades não são importantes apenas para as provas, mas para a vida. Eles ampliam o repertório sociocultural do estudante, ajudam na construção de argumentos sólidos e favorecem conexões mais ricas entre o conteúdo escolar e a realidade”, explica Ana Paula Aguiar, professora de História, Filosofia e Sociologia do Sistema de Ensino pH.
Pensando em apoiar quem está nessa jornada, a profissional compartilhou cinco dicas práticas para incorporar atualidades ao estudo de forma leve e eficiente. A seguir, veja como se preparar melhor para o Enem sem perder o ritmo.
5 dicas para estudar atualidades para o Enem 2025
1 – Por que vale a pena estudar atualidades
Segundo Ana Paula, entender os temas contemporâneos é essencial para quem vai prestar o Enem. A prova exige que o estudante saiba interpretar o mundo à sua volta e relacione isso com os conteúdos escolares. Um exemplo claro foi a edição de 2023, que trouxe questões sobre vacinas de RNA mensageiro —assunto diretamente ligado à pandemia de covid-19.
Mais do que decorar datas e eventos, o estudo de atualidades ajuda a desenvolver uma visão crítica e contextualizada. Isso é especialmente útil na redação, mas também aparece em áreas como ciências humanas, biologia, geografia e até matemática, quando o tema envolve estatísticas sociais.
2 – Repertório sociocultural é ponto forte na prova
Estar por dentro dos assuntos do momento permite ao estudante construir uma base sólida de argumentos. Esse repertório é valorizado na redação e pode ser decisivo na hora de interpretar textos, gráficos e situações-problema. Temas como meio ambiente, saúde pública, tecnologia e cidadania aparecem com frequência nas provas e exigem mais do que conhecimento técnico — pedem posicionamento.
“Estar informado ajuda o candidato a reconhecer tendências e conectar o conteúdo escolar à realidade. Isso amplia a capacidade de interpretação e resolução das questões”, reforça Ana Paula.
3 – Fontes confiáveis fazem toda a diferença
Com tanta informação circulando na internet, é importante saber onde buscar. A recomendação é priorizar portais de notícias reconhecidos, revistas científicas com linguagem acessível e documentários de qualidade. Além disso, atividades como clubes de debate, simulações da ONU ou o hábito de ouvir podcasts semanais ajudam a exercitar o olhar crítico e manter o conteúdo atualizado.
A ideia não é consumir tudo, mas filtrar o que realmente contribui para o aprendizado. E, claro, sempre desconfiar de fontes duvidosas ou conteúdos sensacionalistas.
4 – Foco nos temas que mais caem no Enem
Não é preciso acompanhar todos os acontecimentos do mundo. O segredo está em identificar os temas com maior chance de aparecer na prova. Questões climáticas, cidades sustentáveis, inteligência artificial, saúde mental, movimentos antivacinas, feminicídio e impactos das plataformas digitais são alguns exemplos que têm relevância nacional e global.
A dica é relacionar esses assuntos com o que já está sendo estudado nas disciplinas escolares. Assim, o conteúdo ganha contexto e fica mais fácil de ser assimilado.
5 – Atualidades podem entrar na rotina sem pesar
Incorporar atualidades ao dia a dia não precisa ser um esforço extra. O estudante pode aproveitar momentos de descanso para assistir a um documentário, acompanhar uma série sobre geopolítica ou ouvir um podcast informativo. O importante é manter o contato com os temas de forma leve e constante.
Vale lembrar que as provas do Enem são elaboradas com antecedência e finalizadas por volta de junho ou julho. Por isso, os assuntos mais recentes dificilmente estarão na prova. “O ideal é focar em conteúdos de impacto duradouro, capazes de enriquecer tanto a prova quanto a formação pessoal do estudante”, conclui Ana Paula.