Celebridade
Roberto Carlos teve infância repleta de sonhos: ‘Vontade imensa de cantar’

Em 19 de abril de 1941, nascia na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no ES, o menino que se tornaria Rei. Na infância, Roberto Carlos (84) já mostrava sua paixão pela música: ele gostava de se vestir de caubói, como seu ídolo, Bob Nelson (1918-2009), e aprendeu a dedilhar o violão com a mãe, a costureira Laura (1914-2010), conhecida como Lady Laura.
Caçula de quatro irmãos, Zinga — seu apelido de infância — era uma criança cheia de sonhos e planos! Queria ser caminhoneiro, aviador e desenhista. “Minha mãe queria que eu fosse médico”, já contou o astro da música.
A mudança de rota de seu destino começou em outubro de 1950, quando ele se apresentou na rádio Cachoeiro, em um programa infantil, com apenas 9 anos. “Eu tremia, meus joelhos tremiam! Foi inesquecível”, lembrou ele, que a partir daquele momento já tinha a certeza: a música era sua paixão.
“Cheguei em casa e falei para a minha mãe que não queria mais ser médico. Queria ser cantor!”, recordou. A apresentação na rádio fez tanto sucesso que Roberto virou habitué da atração e conquistou os ouvintes. Dois anos depois, ele já tinha até seu próprio programa na rádio, no qual cantava tangos, boleros e sambas.
Diante do interesse do filho pela música, Lady Laura o matriculou no Conservatório de Música de Cachoeiro, onde Roberto tinha aulas de piano. A partir dali, ele passou a fazer apresentações nas cidades vizinhas até que foi passar as férias na casa de uma tia, em Niterói, no Rio, e decidiu ficar na cidade para dar novos passos na carreira.
“Eu era um menino muito tímido, mas tinha dentro de mim uma vontade imensa de cantar, de mostrar o que sentia.” Mas a infância e a adolescência de Roberto, não são feitas só de capítulos felizes. Em 1947, com apenas 6 anos, durante os festejos de São Pedro, padroeiro da cidade, Roberto sofreu um acidente na linha férrea.
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Ele e sua amiga Fifinha estavam perto dos trilhos para ver o desfile do grupo escolar, mas por uma fatalidade, uma locomotiva se aproximou e, na hora, Roberto tropeçou. O trem o atropelou e ele perdeu parte da perna direita. O acidente claro, pode ter gerado traumas, mas nunca tirou o sorriso de Roberto, que seguiu com sua vida!