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Música

Por que bandas emo eram vistas com descrença no Brasil, segundo Lucas Silveira (Fresno)

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Prestes a se apresentar neste sábado, 30, em São Paulo na I Wanna Be Tour, turnê em formato de festival, a Fresno colhe os frutos de estar na estrada há mais de 25 anos. A banda irá tocar para um público estimado entre 40 e 50 mil pessoas no Allianz Parque, em posição de destaque no lineup do evento.

Antes, porém, o grupo concedeu entrevista a Igor Miranda, para a Rolling Stone Brasil. Dentre outros assuntos, o vocalista e guitarrista Lucas Silveira abordou a linha do tempo do emo, estilo que a banda representa desde sua fundação, em 1999.

Questionado sobre como o subgênero era visto na primeira década dos anos 2000 — período de maior fama —, Lucas admite que havia uma certa “descrença” e que os grupos, assim como a própria Fresno, não eram encarados com tanta seriedade. Aparentemente, um evento como a I Wanna Be Tour seria impensável naquela época, mesmo com a popularidade em alta.

Para ele, isso se explica pela quantidade de bandas que surgiram em um intervalo de tempo muito específico. Muitos não acompanharam o desenvolvimento artístico do movimento, que começou pequeno e depois se alastrou, ao contrário do que se imagina.

A banda Fresno
A banda Fresno – Foto: Camila Cornelsen

Lucas diz:

“Havia uma avalanche de bandas surgidas à revelia de grandes gravadoras. Nenhuma delas nasceu numa grande gravadora: todas elas, em algum momento, haviam estourado no underground e viraram algo muito grande por força do próprio trabalho. Porém, na época, por ter sido a primeira geração de bandas que surgiu para quem não estava acompanhando, foi ‘do nada’ e foi visto com muita descrença — a ponto de, na época, não terem tido eventos desse tamanho quando era ainda mais favorável. Com o dólar a R$ 1,70 em 2011, traríamos cinquenta bandas internacionais dessas aí e não dez.”

Nostalgia? Não é só isso

A longevidade da Fresno e de outras atrações da I Wanna Be Tour, como as internacionais Fall Out Boy e Good Charlotte, além das brasileiras Gloria, Forfun e Dead Fish, mostram que a demanda pelo emo não é apenas questão de “revival”, avalia Lucas.

Segundo o cantor e guitarrista, essas bandas foram importantes para um público específico, mas que tem se renovado e possibilitado um evento do porte da I Wanna Be Tour. Ele exalta a força do estilo:

“Não é qualquer coisa de muito sucesso em 2004 que vai encher o Allianz. Há algo muito forte ali. Enxergamos isso de outra forma porque atravessamos todo o momento em que esse revival não estava acontecendo. Atravessamos toda a fase da ‘ressaca’ da exposição e dos sucessos. Para nós é ainda mais valioso.”

I Wanna Be Tour 2025

No último sábado, 23, a I Wanna Be Tour levou cerca de 20 mil pessoas a Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba. Neste sábado, 30, será a vez de São Paulo receber o evento.

As bandas serão divididas em dois palcos:

It’s a Lifestyle Stage
11h – Fake Number
12h36 – Neck Deep
14h22 – The Maine
16h08 – The Veronicas
18h14 – Fresno
20h20 – Good Charlotte

It’s Not a Phase Stage
11h48 – Gloria
13h29 – Story Of The Year
15h15 – Dead Fish
17h11 – Forfun
19h17 – Yellowcard
21h43 – Fall Out Boy

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