Novo estudo revela o que realmente pode curar seu fígado depois de beber

Manter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente pode reduzir de forma significativa o risco de morte por doenças hepáticas relacionadas ao álcool. Um novo estudo publicado no Journal of Hepatology revela que até mesmo grandes bebedores podem se beneficiar de escolhas mais saudáveis.

Pesquisadores analisaram dados de 60.000 adultos e descobriram que aqueles que consumiam álcool em excesso, mas adotavam hábitos saudáveis, tinham 86% menos risco de morrer por doenças do fígado em comparação com quem mantinha uma rotina pouco saudável.

Exercícios e dieta: impacto direto na saúde do fígado

• Exercícios físicos: reduzem o risco em até 36% para grandes bebedores.
• Alimentação saudável: diminui em até 84% as chances de morte por doença hepática.
• Combinação dos dois fatores: potencializa ainda mais os efeitos protetores.

A dieta com maior efeito protetor foi semelhante à dieta mediterrânea, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas vegetais, frutos do mar e gorduras boas como o azeite de oliva.

O estudo mostrou que as mulheres têm risco maior de sofrer danos no fígado causados pelo álcool. No entanto, elas também foram as que mais se beneficiaram de uma boa alimentação e da prática de atividades físicas.

Qual é a quantidade segura de álcool?

As diretrizes de saúde do Reino Unido recomendam até 14 unidades por semana (equivalente a cerca de 14 doses), tanto para homens quanto para mulheres, distribuídas ao longo de vários dias. Ainda assim, especialistas reforçam que a melhor proteção para o fígado é reduzir o consumo de álcool.

Segundo o professor Naga Chalasani, da Universidade de Indiana, os resultados oferecem uma nova perspectiva sobre a relação entre álcool e saúde.

“Descobrimos que a adesão a altos níveis de atividade física e/ou qualidade da dieta estava associada a um menor risco de morte relacionada ao fígado em todos os padrões de consumo de álcool.”

Um alerta para políticas de saúde pública

As mortes relacionadas ao álcool estão em alta no mundo todo, especialmente em populações mais vulneráveis, onde a má alimentação e o sedentarismo são mais comuns.

Os especialistas defendem que campanhas de saúde precisam unir orientações sobre álcool, dieta e atividade física para combater de forma eficaz o problema.

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