Música
A briga judicial entre Sting e ex-colegas do The Police

Uma disputa jurídica pelos direitos autorais de “Every Breath You Take”, maior hit do The Police, está em curso neste momento. De um lado, Andy Summers e Stewart Copeland; do outro, Sting, que está sendo processado pelos ex-colegas de banda.
De acordo com o tabloide britânico The Sun (via People), Summers (guitarrista) e Copeland (baterista) exigem que os royalties provenientes da canção sejam repartidos entre os três e não fiquem apenas com Sting, cantor e baixista creditado como único autor.
De acordo com o The Daily Mail, Sting fatura anualmente uma fortuna de 550 mil libras apenas com os royalties de “Every Breath You Take”. O valor, na cotação atual, gira em torno de R$ 4 milhões.
A canção foi lançada em 1983, no álbum Synchronicity. É considerada um dos maiores sucessos não só daquele ano, mas da década de 1980 como um todo.
Assim como a maioria das músicas do The Police, Sting aparece como único autor creditado. Essa foi uma tônica ao longo da carreira da banda inglesa, que lançou cinco discos de estúdio durante sua breve existência: de 1977 a 1984.
Sting e o processo criativo do The Police
Ao longo da trajetória do grupo, Sting quase sempre compôs sozinho. Em alguns casos, a coautoria foi dividida com Andy Summers e Stewart Copeland.
Reggatta de Blanc (1979), segundo disco do The Police, é o que conta com uma maior variedade no crédito das composições. Aqui, Summers ou Copeland assinam solitariamente uma quantidade considerável de canções.
No entanto, assim como “Every Breath You Take”, outros grandes hits da banda foram registrados tendo apenas Sting como autor. São os casos de “Every Little Thing She Does Is Magic”, “Message in a Bottle” e “Roxanne”.
Discordância
Em entrevistas, especialmente Andy Summers demonstra discordar dos créditos atribuídos somente a Sting. Ao Jeremy White Show (via site Igor Miranda), por exemplo, o guitarrista disse que “Every Breath You Take” seria descartada se não fosse por seus esforços.
“Essa música estava indo para o lixo até eu interferir. Acho que isso é participar da composição, com certeza. Há uma discussão em andamento e algo pode acontecer ano que vem. Fiquem ligados nas notícias.”
Ainda segundo Summers, a canção não trazia originalmente sua linha de guitarra inicial. Por isso, ele acredita que sua contribuição deveria ser reconhecida e, consequentemente, creditada.
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