Os 25 criadores mais influentes de 2025, segundo Rolling Stone

Eles costumavam ser uma novidade, mas os criadores agora infiltraram todos os aspectos da nossa vida. Os tiktokers não estão mais restritos ao TikTok — eles estão em nossos programas da HBO, nas sitcoms do horário nobre e nas playlists do Spotify. Então, o que torna um criador influente hoje? Para esta lista, a Rolling Stone definiu como alguém que nasceu na internet — não uma celebridade que entrou nas plataformas após conquistar a fama de forma mais tradicional — e que usa seus canais para impulsionar conversas.

Começamos com dezenas de nomes e, com a ajuda de dados da empresa de software e análise CreatorIQ, avaliamos o número de seguidores, a taxa de engajamento e o crescimento de audiência no último ano. Usando esses números — e também nosso próprio julgamento editorial — a Rolling Stone classificou esses criadores, todos eles moldando a cultura de 2025 nos Estados Unidos. Veja abaixo:

25° lugar: Kay Poyer

Perfil: @ladymisskay_
Gênero: Criadora de Lifestyle
Seguidores: 1,1 milhão

Nem tente chamar Kay Poyer, 25, de ativista — ela vai rejeitar esse rótulo antes que você consiga dizer “voz de uma geração”. Essa “boneca de Dallas” ficou conhecida por dar opiniões sobre tudo, desde direitos trans até o seu amor pelo banco de alimentos local. “Tenho muito orgulho de ter construído uma marca falando loucuras o tempo todo”, diz ela. “É muito bom ser alguém de boca grande e ter tanta gente interessada.” Os vídeos da sua conta no TikTok são tratados quase como evangelho por seus seguidores, que ela descreve como “garotas góticas cheias de piercings”. Mas o maior trunfo de Poyer é o conselho sábio sobre encontrar comunidade. “Você precisa ir onde as pessoas estão”, diz ela. (CT Jones)

24° lugar: Brandon Edelman

Perfil: @bran__flakezz
Gênero: Criador de Lifestyle
Seguidores: 1,6 milhão

Foi preciso um pouco de coragem e muita “caoticidade gay” para Brandon Edelman, 29, sair de um cargo comum no mundo da moda para se tornar criador de conteúdo em tempo integral — mas isso não quer dizer que ele mudou. O criador da Filadélfia — que descreve seu conteúdo como “estar no FaceTime com seu melhor amigo” — disse à Rolling Stone que é grato por não ser um sucesso da noite para o dia, porque isso o ajudou a manter os pés no chão e criar vídeos voltados para pessoas que querem transformar as redes sociais em carreira.

“Minha plataforma é ser esse garoto da Filadélfia que, não importa quanto dinheiro eu tenha, ainda quer comer no Applebee’s”, diz ele. Embora seu jeito próximo e espontâneo continue atraindo novos seguidores, Edelman também criou um grupo fiel de participantes para seus vídeos com viés filantrópico, como apoiar comércios locais e surpreender fãs com “Brantrips”, viagens repletas de brindes. (C.T.J.)

23° lugar: Dave Portnoy

Perfil: @stoolpresidente
Gênero: Magnata da Mídia
Seguidores: 18,2 milhões

Dave Portnoy, 48, pode ter começado lançando o polêmico site Barstool Sports no início dos anos 2000, mas ao transformar o projeto em um império digital — ele vendeu a empresa por US$ 551 milhões em 2023 e depois a recomprou por US$ 1 — acabou conquistando uma nova base de fãs como… influenciador de pizza e crítico de Trump? Suas One Bite Pizza Reviews se tornaram um sucesso entre a Geração Z, e suas críticas à administração Trump — como a gestão do Signalgate e a descrição da política fiscal do ex-presidente como um “golpe tarifário” — lhe renderam seguidores inesperados. (Elisabeth Garber-Paul)

22° lugar: Meredith Hayden

Perfil: @wishbonekitchen
Gênero: Criadora de Culinária
Seguidores: 3,8 milhões

A chef Meredith Hayden construiu sua carreira abraçando os pequenos luxos da vida. Seja um sorvete caseiro com pêssegos frescos ou um bacalhau assado com manteiga de tomate fácil de preparar mesmo após duas taças de rosé, Hayden, 29 — conhecida online como Wishbone Kitchen — é um fenômeno da Geração Z que busca oferecer aos seguidores aquela mordida que muda tudo. Hayden viralizou primeiro com seus vlogs como chef particular nos Hamptons, mas consolidou uma fã-base fiel ao mostrar uma abordagem descontraída na cozinha, rindo dos erros e transformando-os em lições. Embora os “cenários à beira-mar de cartão-postal” ajudem, suas receitas não são para perfeccionistas — ela só quer fazer vídeos que incentivem seus seguidores a sair da zona de conforto. (C.T.J.)

21° lugar: Alix Earle

Perfil: @alixearle
Gênero: Criadora de Lifestyle
Seguidores: 13,2 milhões

A personalidade mais comercializável do TikTok, Alix Earle, 24, teve mais um ano marcante. Ela apareceu em um comercial do Super Bowl, tornou-se investidora da marca de coquetéis enlatados SipMargs e foi anunciada no elenco da 34ª temporada de Dancing With the Stars. Ainda assim, ela segue pensando em maneiras de se manter próxima dos fãs mais fiéis, que a adoram por ser autêntica e contar histórias sobre arrependimentos com facetas dentárias ou luta contra a acne. Após deixar a Unwell Network, de Alex Cooper, anunciou que seu podcast, Hot Mess With Alix Earle, terá mais foco em vídeo — algo que ela chama de “vlogcast”. “Já faz quase três anos que faço isso, e a questão de criar algo duradouro está sempre na minha mente”, diz. “Tem mais gente publicando do que nunca. Então, quando se trata do seu conteúdo, é muito importante ter uma voz forte, opinião e narrativa, porque, do contrário, você vai ser só mais um vídeo que as pessoas assistem e passam para o próximo.” (Steffi Cao)

20° lugar: Sabrina Brier

Perfil: @sabrina.cinoman.brier
Gênero: Comediante
Seguidores: 1,4 milhão

Há apenas cinco anos, Sabrina Brier, 31, trabalhava como assistente em Hollywood em uma sala de roteiristas pelo Zoom. Hoje, a comediante está na frente das telas de milhões de pessoas. Seja interpretando a “Amiga que está sempre certa” ou a “Roommate extremamente passivo-agressiva”, sempre há algo marcante em seus esquetes. Basta lembrar de um momento em que ela simplesmente disse “Oh!” — e acabou virando um meme viral. Em 2025, Brier escreveu e gravou seu primeiro audiolivro, That Friend, que conta a história de uma “rainha autoproclamada do West Village” que também se chama Sabrina.

“A forma como o cenário da mídia está mudando é, na verdade, algo muito bonito, porque várias caixas nas quais artistas e criadores são normalmente colocados estão meio que se misturando de uma maneira empolgante e inesperada”, diz ela. “Posso viver desse privilégio enorme de ganhar meu próprio dinheiro como criadora de conteúdo, ter uma linha direta com meu público — isso é tudo que preciso para ser criativa e encontrar meu caminho.” (S.C.)

19° lugar: Theo Von

Perfil: @theovon
Plataforma: Podcaster
Seguidores: 26,3 milhões

Seria fácil rotular Theodor Capitani von Kurnatowski III, conhecido pelos fãs como Theo Von, como apenas mais um influenciador grosseiro da manosfera. O podcaster e comediante autodeclarado “white trash”, 45, esteve sentado atrás de Logan e Jake Paul na posse de Donald Trump e regularmente recebe uma série de personalidades de direita em seu programa, This Past Weekend. Mas Von foge do conteúdo “red pill” típico: hoje ele se tornou o “podcast bro” de fato para qualquer político que queira se conectar com o público americano, de ambos os partidos. De Bernie Sanders a Ro Khanna, todos já participaram de seu programa, enquanto o próprio Von se tornou um megafone para preocupações comuns a milhões de homens: medo do custo de vida, preocupação com o vício em pornografia e o que realmente significa ter uma filiação política hoje. (S.C.)

18° lugar: Anayka She

Perfil: @anaykashe
Gênero: Criadora de Lifestyle
Seguidores: 2,1 milhões

Atualmente, momentos virais e Anayka She, 27, andam de mãos dadas. Sua plataforma é recheada de clipes espirituosos, seja com curiosidades sobre o Egito Antigo ou explicando o que realmente significa aço inoxidável. Milhões de pessoas se apaixonaram por seu humor nos últimos cinco anos — mas isso não aconteceu da noite para o dia. “Acho que muita gente pensa: ‘Vai acontecer uma coisa e eu vou virar uma superestrela’”, disse à Rolling Stone. “Para muita gente, é algo gradual. Tento refletir e perceber que estou exatamente na posição que sempre quis estar.” Para She, isso significa finalmente investir em sua carreira musical — ela lançou um single de R&B no início deste ano e em breve fará sua primeira turnê. (S.C.)

17° lugar: Ironmouse

Perfil: @ironmouse
Gênero: VTuber
Seguidores: 5,2 milhões

A criadora porto-riquenha da Twitch, Ironmouse, pode permanecer anônima, mas se tornou icônica apenas pelo seu avatar de cabelos rosa e roxo e sua voz aguda e esganiçada — que, segundo ela, é real, resultado de uma infecção pulmonar causada por complicações da covid-19. Vlogueira e gamer, ela é referência no mundo do VTubing (YouTubers virtuais que usam gráficos e captura de movimento para ocultar a identidade) e é a streamer mulher mais assinada da história da Twitch. “Sinto que as pessoas estão abraçando os VTubers mais do que nunca, e é muito legal ver isso”, disse à Rolling Stone. Além das transmissões, ela também é cantora — lançou dois singles no último ano e ainda participou do single “1-800” do rapper canadense bbno$. (S.C.)

16° lugar: Ilona Maher

Perfil: @ilonamaher
Gênero: Criadora de Esportes
Seguidores: 9,1 milhões

Quando a estrela da seleção de rúgbi dos EUA, Ilona Maher, se tornou a cronista não-oficial dos bastidores das Olimpíadas de 2020, as pessoas se encantaram com seu humor leve e divertido. Mas, nos anos seguintes, sua paixão singular pelo esporte feminino — e pelo body positivity — conquistou corações no mundo inteiro. Vice-campeã da 33ª temporada de Dancing With the Stars, Maher exige apenas uma coisa do seu público: confiança. “Ocupe espaço”, disse Maher, 29, ao receber o prêmio ESPY de Atleta Revelação de 2025. “Arremesse mais rápido. Corra mais forte. Coloque mais um peso na barra. E nunca diminua sua intensidade.” (C.T.J.)

15° lugar: Speedy Morman

Perfil: @speedymorman
Gênero: Jornalista
Inscritos: 1,6 milhão

Se há um clipe de entrevista viral circulando na internet, há uma grande chance de que Speedy Morman esteja no centro da ação. Natural de Nova York, ele começou como estagiário na Complex e rapidamente se tornou um dos entrevistadores mais reconhecíveis da web, com seu espírito alegre e estilo acelerado. Morman é simpático, mas não se deixa levar: é rápido ao soltar uma piada certeira ou fazer uma pergunta incisiva. E, embora não se considere comediante — ele disse à Rolling Stone que deixa a comédia para nomes como Druski — isso não impediu que suas entrevistas virassem matéria-prima para memes.

Seja testando os óculos “inquebráveis” de Ray J (e quebrando-os), elogiando o sotaque carregado de Memphis da rapper GloRilla ou chamando outro artista de “espírito lindo” (pronunciado “brrr-tferrl”), Morman, 31, e sua série 360 With Speedy se tornaram parada obrigatória para todos — de rappers a estrelas de cinema e até presidentes em exercício. “Tento permanecer fiel à essência do jornalismo, mas também inserir personalidade e diversão”, diz. “Sou jornalista antes de tudo. O resto é só vibe.” (C.T.J.)

14° lugar: Tefi Pessoa

Perfil: @hellotefi
Gênero: Criadora de Lifestyle
Seguidores: 2,5 milhões

Estefanía Vanegas Pessoa, conhecida como Tefi Pessoa, volta e meia lembra do dia em que um contador de histórias visitou sua escola em Miami. “Lembro de pensar: ‘É isso que eu quero fazer. Isso é poder de verdade’.” Hoje, aos 35 anos, Tefi transita com naturalidade entre ser entrevistadora de tapetes vermelhos e voz de sabedoria para seus seguidores. Seu conteúdo mistura lifestyle com sua energia de irmã mais velha, mas a narrativa continua sendo o centro de tudo. Em 2025, ela lançou sua nova coluna de conselhos, Ask Tefi, na revista The Cut. Para quem não encontra todas as respostas por lá, sua conta no TikTok segue sendo uma fonte de insights, criada especialmente “para as garotas”. “Acho que nunca fiz um vídeo pensando em um homem”, afirma Tefi. (C.T.J.)

13° lugar: Drew Afualo

Perfil: @drewafualo
Gênero: Criadora de Lifestyle
Seguidores: 10 milhões

Para Drew Afualo, 29, é fácil definir seu conteúdo: “Eu só acabo com homens terríveis na internet”, disse ela à Rolling Stone. Um trabalho bem diferente da carreira de jornalista esportiva que sonhava seguir após a faculdade, mas Drew transformou seus desabafos virais contra misóginos em um império no TikTok. Ela fez uma turnê nacional, tornou-se autora best-seller do New York Times com seu livro de memórias, Loud, e ainda encontrou tempo para gravar seu podcast de sucesso, The Comment Section, que frequentemente viraliza. Drew é uma criadora que define uma geração, representando o poder do TikTok na economia digital — um nome conhecido em praticamente todas as For You Pages. E manteve sua coroa por nunca recuar de uma briga. “Ter influência online é ter o ouvido de milhões de pessoas”, diz. “E isso é, ao mesmo tempo, algo maravilhoso e assustador.” (C.T.J.)

12° lugar: Duke Dennis

Perfil: @dukedennis
Gênero: Streamer
Seguidores: 25,2 milhões

Por um tempo, Duke Dennis, 31, funcionava quase como um meme vivo: seu nome virou sinônimo de “o cara que pode roubar sua namorada” se quiser. Com o tempo, no entanto, sua marca evoluiu e sua relação com o público se fortaleceu. Como membro do grupo AMP, Dennis é visto como uma espécie de irmão mais velho — um modelo de comportamento para os outros criadores ao seu redor. Este ano, ele viajou para a China para fazer transmissões e revelou que seu maior sonho é participar de um episódio de Law & Order.

“Só um episódio, nem que eu seja um cadáver na cena do crime. Pra mim, isso já é o auge”, contou à Rolling Stone. Quando veio à tona que Dennis tinha filhos, ele se tornou alvo de piadas online, com várias mulheres alegando ser as mães das crianças. Na realidade, Dennis manteve a identidade dos filhos em sigilo para protegê-los da exposição digital. No fim, lidou com a situação de forma madura e transparente, abrindo-se sobre uma parte da vida que sempre manteve em segredo. O resultado? Ainda mais respeito e aura. (Jeff Ihaza)

11° lugar: Jake Shane

Perfil: @octopusslover8
Gênero: Comediante
Seguidores: 4,9 milhões

Faz dois anos que o influenciador e comediante Jake Shane transformou sua conta de reviews de pratos com polvo em uma verdadeira jornada cômica. Após mudar para improvisações baseadas em eventos históricos ou bíblicos — “E se John Wilkes Booth tivesse entrado no teatro errado?” ou “Sobre o que os discípulos de Jesus fofocavam?” — Shane explodiu de “conta viral da semana” para figura consolidada no universo dos criadores. Mesmo sendo aberto sobre suas lutas com saúde mental, ansiedade e TOC, Shane, 25, tornou-se sinônimo de humor autodepreciativo, criando uma relação íntima com os fãs.

Ele já apresentou no American Music Awards, teve um papel recorrente em Hacks e até acabou com a teoria de anos de que Lea Michele não sabe ler, em um episódio do seu podcast Therapuss. Agora, em sua segunda turnê de stand-up, Shane diz que está mais focado em papéis na TV e no cinema. Mas seus fãs ainda reagem com mais força quando ele faz o que sabe melhor: shitposting caseiro com os melhores amigos. (C.T.J.)

10° lugar: Alex Cooper

Perfil: @alexandracooper
Gênero: Podcaster de Lifestyle
Seguidores: 9,5 milhões

Quando um relâmpago cultural acontece na internet, Alex Cooper, 31, quase sempre está no centro dele. A apresentadora de Call Her Daddy e fundadora da Unwell Network já recebeu convidados como Chappell Roan e Kamala Harris em seu podcast, que acumula mais de 250 milhões de streams. Embora seja conhecida por ter acesso a figuras de alto perfil no auge da popularidade — até mesmo Kamala Harris sentou na cadeira de Call Her Daddy durante sua candidatura presidencial — Cooper tem expandido seus horizontes. Neste ano, lançou o documentário Call Her Alex no Hulu, onde conta bastidores da sua carreira, além de produzir um reality show de namoro para a plataforma e criar sua própria linha de bebidas com eletrólitos, chamada Unwell Hydration. (S.C.)

9° lugar: Camilla Araujo

Perfil: @camilla
Gênero: Modelo do OnlyFans
Seguidores: 18,5 milhões

Após uma participação especial no gigantesco vídeo “Squid Game” do MrBeast em 2021, a estrela do OnlyFans Camilla Araujo, 23, se tornou mestra da viralização online, usando rage bait (conteúdo provocativo que gera engajamento) e comentários polêmicos — além de uma estratégia orientada por dados, semelhante à de MrBeast — para impulsionar seu crescimento explosivo. A ascensão de Araujo reflete o surgimento de uma nova geração de influenciadores da Gen Z que usam o OnlyFans como trampolim para alcançar a fama mainstream na internet. Ela faz parte da Bop House, uma mansão de criadores de conteúdo do OnlyFans altamente viral, e ainda administra sua própria consultoria de redes sociais — mas, para ela, isso é só o começo. “Quero estar em todos os lugares”, diz. “Quero ser impossível de ignorar.” (Taylor Lorenz)

8° lugar: Hasan Piker

Perfil: @hasanabi
Gênero: Streamer Político
Inscritos: 10,5 milhões

O maior socialista do streaming não tem planos de desacelerar. “As pessoas estão procurando alguém disposto a enfrentar a administração Trump”, diz Hasan Piker, 33 — e ele está pronto para o trabalho. Hasan já cobriu os protestos do ICE em Los Angeles, entrevistou o líder da esquerda francesa Jean-Luc Mélenchon, fez uma tour por Queens com o candidato à prefeitura de Nova York Zohran Mamdani e visitou a sede do Partido Comunista Japonês. A liberdade de expressão é um tema central para ele: em maio, foi detido pela segurança de fronteira e interrogado sobre suas opiniões políticas ao retornar de uma viagem internacional. “Foi uma experiência interessante”, brinca. Seu foco global recente, porém, não é por acaso: trata-se de “solidariedade com outros movimentos da classe trabalhadora ao redor do mundo”, diz. “É uma luta unificada.” (Miles Klee)

7° lugar: MrBeast

Perfil: @MrBeast
Gênero: YouTuber de Desafios
Seguidores: 871,6 milhões

Seja colocando 2.000 pessoas para competir por US$ 5 milhões ou passando sete dias à deriva no mar, o YouTuber Jimmy Donaldson, conhecido como MrBeast, segue exercendo uma influência gigantesca. Só neste ano, Donaldson, 27, flertou com a possibilidade de assumir o cargo de CEO do X (antigo Twitter) e tentou comprar o TikTok. Mas suas produções de alto risco também renderam polêmicas: seu programa na Amazon, Beast Games, gerou uma ação coletiva depois que participantes denunciaram condições precárias durante as gravações. (S.C.)

6° lugar: Caleb Hearon

Perfil: @calebsaysthings
Gênero: Comediante
Seguidores: 1,6 milhão

Conhecido por suas tiradas afiadas sobre tudo — de trolls gordofóbicos a associações de moradores (HOAs) — o comediante Caleb Hearon é muito mais do que um piadista. Ele apresenta o podcast de bate-papo de sucesso So True With Caleb Hearon e vem expandindo sua carreira para a atuação. Hearon estrelou o filme Sweethearts (2024) da HBO Max, foi escalado para a aguardada sequência de O Diabo Veste Prada e será protagonista no primeiro longa solo da diretora Lilly Wachowski — que ele também co-roteirizou. “Acho radical o fato de não me odiar como pessoa gorda, vivendo em uma sociedade que odeia pessoas gordas”, disse Hearon, 30, à Rolling Stone em 2024. “Quero que pessoas gordas — especialmente crianças gays gordas em estados conservadores — assistam ao meu trabalho e pensem: ‘Ah, então uma vida legal é possível para mim.’” (C.T.J.)

5° lugar: Quenlin Blackwell

Perfil: @quenblackwell
Gênero: Comediante
Seguidores: 20,8 milhões

Quenlin Blackwell, 24 anos, está em todos os lugares. A comediante, modelo e criadora — conhecida online como Quen — foi um dos nomes mais populares no finado aplicativo de vídeos Vine, mas sobreviveu à sua queda para se tornar uma voz da Geração Z quase sinônimo de conteúdo online. Ela brilhou no Twitter antes de virar X, acumulou milhões de visualizações no YouTube e, em 2019, consolidou sua presença no TikTok. Agora, está no YouTube cozinhando para PinkPantheress em sua série Feeding Starving Celebrities, no palco com Charli XCX durante a performance de “Guess” no Grammy 2025 e no set de filmagem para uma série ainda sem título de Rachel Sennot na HBO. “Ser it girl significa ser autêntica e não ter medo de ser exatamente quem você é”, disse à Rolling Stone. “Se você está tentando ativamente ser uma it girl, já está fazendo errado.” — C.T.J.

4° lugar: Kai Cenat

Perfil: @kai_cenat
Gênero: Streamer
Seguidores: 80,1 milhões

Hoje, já existe um vasto arquivo de conteúdos de Kai Cenat, desde seus anos de adolescência como YouTuber. Acompanhar o desenvolvimento do streamer, agora com 23 anos, tem sido quase instrutivo, já que ele incorpora perfeitamente o espírito de sua geração. Ele é aberto com o público de um jeito que cria uma conexão genuína. Cada vez mais, Kai se tornou um verdadeiro magnata no universo do streaming e da criação de conteúdo. Na sua Streamer University, realizada nesta primavera, dezenas de criadores de todo o país foram ao campus da Universidade de Akron, em Ohio, para quatro dias de troca de audiência e aprendizado. (Eles ficaram hospedados nos dormitórios e participaram de aulas ministradas por streamers renomados, como Agent e DDG, que ensinaram desde os fundamentos da criação de conteúdo até como lidar com polêmicas online.) Kai continua sendo uma figura central no mundo do streaming e, à medida que amadurece, demonstra estar focado em inovar de todas as formas possíveis. “Quero atuar e dirigir meus próprios programas e mais filmes”, disse à Rolling Stone no início de 2025. Ele está bem no caminho. — J.I.

3° lugar: Ms Rachel

Perfil: @msrachelforlittles
Gênero: Criadora de Conteúdo Infantil
Seguidores: 27,8 milhões

Nenhum outro criador defendeu tanto e tão firmemente a missão do seu canal quanto Rachel Anne Accurso este ano. A educadora de 42 anos ganhou popularidade durante a pandemia de covid-19 com sua série no YouTube Songs for Littles. Mas, em 2024, tornou-se o centro de um debate após se manifestar sobre as crianças que sofrem em Gaza, Sudão, Ucrânia e na República Democrática do Congo. Mesmo quando foi criticada por isso, Rachel continuou levantando conscientização e arrecadando fundos para vítimas infantis da violência sistêmica ao redor do mundo. “É triste que as pessoas tentem transformar em polêmica o simples ato de defender crianças que enfrentam um sofrimento imensurável”, afirmou. Num cenário cada vez mais saturado por e-commerce e posturas neutras, Accurso passou o último ano incorporando o que significa ser uma influenciadora que escolhe viver na mesma realidade que sua audiência, e não separada dela. — S.C.

2° lugar: Druski

Perfil: @druski
Gênero: Comediante de Esquetes
Seguidores: 28,4 milhões

Na concorrida cena da comédia online, Drew Desbordes, de 30 anos — mais conhecido como Druski — continua ditando o ritmo. O comediante, que surgiu no Instagram, já mostrou seu talento no palco do BET Awards com Kai Cenat, apresentou seus programas satíricos Coulda Been House e Coulda Been Love (a segunda temporada conta com participações de Rick Ross e Lil Yachty) e segue fazendo milhões de pessoas rirem com personagens como “o branco aceito pela galera da quebrada” ou “os fashionistas que tentam ser misteriosos e estranhos”. Seu humor físico e sagacidade continuam sendo facilmente compartilháveis quase uma década depois do início da sua carreira. Druski construiu praticamente sozinho seu império da comédia, financiando seus projetos desde o início. “Tentamos, bem no começo, levar nosso conteúdo para os grandes players — como [Netflix e Amazon]”, disse recentemente ao Afrotech. “Rapidamente virou um não, mas acho que com o sucesso dos programas e por termos feito tudo sozinhos, provamos que podemos seguir nesse caminho de forma independente.” — S.C.

1° lugar: IShowSpeed

Perfil: @ishowspeed
Gênero: Streamer
Seguidores: 135 milhões

Como se tornar um fenômeno global? Para IShowSpeed, o segredo é nunca desligar a câmera. Speed transformou um apelido de infância e sua paixão por videogames em um império de transmissões ao vivo. Nascido Darren Watkins Jr., o streamer de 20 anos, natural de Ohio, é mais conhecido por seus tours globais, durante os quais a câmera fica ligada o tempo todo — seja conhecendo líderes estrangeiros e lendas do esporte, jogando peladas de futebol, gravando clipes para sua promissora carreira de rapper ou interagindo com multidões imensas de fãs. As travessuras adolescentes de Speed já o colocaram em enrascadas, mas ele enfrentou cada polêmica com pedidos de desculpas sinceros, enquanto continua atraindo milhões de visualizações graças à sua energia contagiante e curiosidade cultural. Em 2024, bateu o recorde de maior número de espectadores simultâneos em uma live individual no YouTube, alcançando 1 milhão de pessoas durante uma turnê na Indonésia. “Para um artista, a única hora de falar com os fãs é num show”, disse à Forbes em 2024. “Mas com as lives, estamos sempre lá.” — C.T.J.

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