Celebridade
Especialista faz alerta sobre saúde mental de Rodrigo Faro: ‘Sobrecarga’

Em entrevista à CARAS Brasil, o psiquiatra Dr. José Fernandes Vilas sobre a saúde mental de Rodrigo Faro e a importância da parceria para o bem-estar do casal
No último domingo, Rodrigo Faro passou por um momento de forte emoção no quadro Dança dos Famoso no Domingão com Hulk. O apresentador foi surpreendido pela esposa ao vivo no programa após o casal ter passado uma semana apreensiva por causa de um exame realizado por Vera Viel, que fez com que os médicos suspeitassem do retorno do câncer.
A esposa do apresentador realizou um exame de acompanhamento após remover um tumor e os médicos suspeitaram que o câncer poderia ter retornado. Com isso, ela precisou realizar uma nova biópsia. “Hoje foi uma semana de livramento para vocês”, disse Luciano Huck, que comanda o programa.
Em entrevista à CARAS Brasil, o psiquiatra Dr. José Fernandes Vilas fala sobre a saúde mental de Rodrigo Faro e os efeitos de acompanhar a saúde da mulher em um momento tão apreensivo, ao mesmo tempo, estando sob a pressão da competição, pode ter no bem-estar do apresentador e do casal.
“O excesso de responsabilidades, tanto no campo emocional quanto profissional, aumenta a sobrecarga do sistema de estresse”, explica o especialista. “Isso pode levar a sintomas como insônia, ansiedade, irritabilidade, fadiga cognitiva e até burnout. O corpo passa a liberar cortisol em excesso, o que, a médio prazo, compromete a memória, foco e imunidade”.
Segundo o psiquiatra, o esforço de “dividir a mente” entre uma dor pessoal e a necessidade de alta performance profissional, como aconteceu com Rodrigo Faro na última semana, pode gerar desgaste emocional profundo. Em alguns casos, quando não há espaço para elaboração da dor, pode evoluir para um trauma psíquico, com sintomas de estresse pós-traumático, tristeza persistente e até crises de ansiedade.
Ele explica que compartimentalizar sentimento é possível no curto prazo, e até necessário em alguns contextos, mas não pode se tornar regra de vida, pois guardar emoções por muito tempo aumenta risco de depressão, ansiedade e doenças psicossomáticas. É necessário ter equilíbrio e encontrar espaços adequados para sentir e elaborar, mesmo que fora do horário de trabalho.
Caso a dor pessoal não seja processada, o inconsciente pode acionar mecanismos como a negação, a racionalização, a dissociação e a sublimação: “Esses mecanismos ajudam momentaneamente, mas não substituem o enfrentamento saudável da situação”, afirma José.
“Quando uma figura pública expõe sua vulnerabilidade, isso humaniza a experiência do sofrimento e quebra estigmas. Para o público, transmite a mensagem de que ‘não é fraqueza pedir ajuda’”, esclarece o psiquiatra. “Para o próprio Rodrigo, essa abertura funciona como um mecanismo terapêutico: falar sobre o que sente diminui o peso emocional e reduz o risco de adoecimento silencioso”.
Em casos como o de Rodrigo Faro e Vera Viel, o apoio do parceiro e a comunicação clara são necessidades importantes e funcionam como um protetor mental: “Estudos mostram que pessoas com suporte emocional consistente apresentam menor risco de depressão e recuperam-se mais rápido de situações de estresse. O sentimento de “não estou sozinho” é terapêutico”, afirma.
“Já a comunicação emocional clara, sem máscaras, é fundamental. Ela permite que o casal alinhe expectativas, expresse vulnerabilidades e fortaleça o vínculo. Isso gera um senso de parceria e alívio da carga psíquica, já que o sofrimento é compartilhado”, finaliza o especialista.
Segundo José, manter uma postura de força dentro de um relacionamento pode ser importante em alguns momentos para transmitir segurança, mas se isso se torna constante e artificial, gera desgaste. O ideal é equilibrar: mostrar resiliência, mas também abrir espaço para a vulnerabilidade. A autenticidade fortalece o casal e evita sobrecarga emocional silenciosa.
Quando questionado sobre estratégias fundamentais para o autocuidado, o profissional menciona a inclusão de pausas de autocuidado na rotina, buscar apoio terapêutico, conversar abertamente com pessoas de confiança, manter higiene do sono e evitar sobrecarga de compromissos paralelos: “Técnicas de respiração e mindfulness também ajudam a reduzir a hiperatividade mental e preservar energia emocional”, recomenda.
“O primeiro passo é validar a dor. Em seguida, organizar prioridades com clareza. Nem sempre é possível se afastar totalmente do trabalho, mas é essencial ajustar expectativas e negociar prazos. O acompanhamento médico e psicológico oferece suporte para que a pessoa não se sinta sozinha nesse dilema”, conclui o psiquiatra.
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