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Novo tratamento pode ser a diferença entre vida e morte para quem enfrenta o câncer
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou recentemente, um novo tratamento para câncer de bexiga, prometendo uma redução significativa no risco de morte.
O tratamento foca no câncer de bexiga músculo-invasivo, uma forma agressiva da doença, e combina imunoterapia com quimioterapia antes e após a cirurgia, oferecendo uma abordagem inovadora no tratamento oncológico no Brasil.
Detalhes do novo tratamento
O tratamento utiliza durvalumabe, um imunoterápico, que, em conjunto com a quimioterapia, atua estimulando o sistema imunológico a combater o tumor. Esta abordagem é empregada antes da cistectomia radical — remoção completa da bexiga — e continua após a cirurgia.
Este regime tem como objetivo aumentar a taxa de cura e diminuir as chances de recidiva, que podem atingir até 50% dos casos após a cirurgia tradicional.
Resultados de estudos clínicos
Resultados do estudo NIAGARA, apresentados no congresso europeu de oncologia ESMO, evidenciam que o tratamento reduz o risco de morte em até 25% e o risco de progressão ou recidiva da doença em 32%.
Estes achados representam um avanço significativo na abordagem de um câncer que atinge cerca de 11 mil pessoas por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Outro ponto crucial dos estudos é que o tratamento com durvalumabe não aumentou a frequência de efeitos colaterais graves, indicando que esta pode ser uma opção segura para pacientes. O perfil de segurança foi semelhante ao de tratamentos isolados, favorecendo a adesão à nova abordagem.
Importância da aprovação
A aprovação deste tratamento no Brasil reflete um alinhamento com as melhores práticas internacionais. A combinação de quimioterapia com imunoterapia, como o durvalumabe, representa uma revolução na luta contra o câncer de bexiga músculo-invasivo.
Especialistas apontam que esta estratégia tem potencial para redefinir profundamente o tratamento dessa condição. Com um impacto direto na qualidade de vida dos pacientes, a adoção deste tratamento poderá ser observada em centros de saúde especializados em oncologia por todo o país.
Estão previstos treinamentos e atualizações nos protocolos hospitalares para garantir que esta nova terapia chegue de forma eficaz aos pacientes.