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Kneecap enfrenta manifestantes pró-Israel durante festival em Paris

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O trio irlandês de rap Kneecap enfrentou uma tentativa de sabotagem durante sua apresentação no festival Rock en Seine, em Paris, mas conseguiu superar os protestos e completar seu set sem maiores interferências. Manifestantes pró-Israel compareceram ao show do dia 24 de agosto munidos de apitos e bandeiras anti-Kneecap, numa clara tentativa de interromper a performance.

A controvérsia em torno da banda começou após suas declarações explosivas no Coachella, onde criticaram Israel e vários governos por apoiarem o país no conflito Israel-Palestina. Essas posições geraram pedidos para remoção do grupo de várias programações de festivais no Reino Unido e Europa, mas o Rock en Seine manteve o Kneecap no line-up, mesmo isso resultando em cortes substanciais de financiamento do evento.

No início do show, os manifestantes balançaram pequenas bandeiras e sopraram apitos continuamente para tumultuar a apresentação. A resposta do grupo foi imediata e firme. O rapper Móglaí Bap se dirigiu diretamente aos protestos:

Eles querem tentar nos parar. Eles não querem que toquemos no festival. Não vamos permitir que se safem. Não somos como eles. Não somos como Israel. Não estamos aqui para causar brigas. Estamos aqui para nos divertir.

Mo Chara complementou a declaração com um tom conciliatório: “Sei que estamos com raiva, frustrados. Não deixem essas pessoas sentirem isso. Estamos aqui por amor, diversão e apoio”. A dupla deixou claro que qualquer pessoa com apitos seria removida pela segurança, mas sempre “sem agressão”.

Após esse confronto inicial, ecoaram gritos de “Free, free Palestine” pelo festival, e os manifestantes foram retirados da multidão. O resto da apresentação transcorreu sem problemas, permitindo que o Kneecap completasse sua performance no Rock en Seine normalmente.

A situação da banda vai além das controvérsias artísticas. Mo Charaenfrenta acusações de terrorismo por supostamente exibir uma bandeira do Hezbollah durante um show em Londres em novembro passado. Ele compareceu ao Westminster Magistrates Court na semana passada, onde o julgamento foi reservado para 26 de setembro, quando um juiz decidirá se tem jurisdição para ouvir o caso.

O grupo nega veementemente as acusações e caracteriza a ação legal como “policiamento político” e um “carnaval de distração”. Em declaração de maio, afirmaram: “Não somos a história. O genocídio na Palestina é”. O Kneecap consistentemente negou apoiar Hamas ou Hezbollah, argumentando que não incita nem perdoa violência, e que as imagens dos shows britânicos foram tiradas de contexto.

O incidente no Rock en Seine ilustra a polarização crescente em torno de artistas que se posicionam publicamente sobre questões geopolíticas. O festival francês escolheu defender a liberdade artística mesmo enfrentando consequências financeiras, demonstrando que alguns espaços culturais ainda priorizam o direito à expressão sobre pressões externas.

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