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Brasileiros descobrem que não podem ser obrigados a soprar o bafômetro, mas há um detalhe
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As leis de trânsito no Brasil impõem uma série de deveres aos motoristas, todos voltados à segurança nas vias e à preservação da vida. Entre essas obrigações está a proibição de dirigir sob efeito de álcool, uma das causas mais comuns de acidentes graves no país.
Para combater essa prática, agentes de fiscalização utilizam o etilômetro, mais conhecido como bafômetro, aparelho que mede a concentração de álcool no organismo do condutor.
A recusa em realizar o teste, no entanto, tem gerado debates e surpresas: muitos brasileiros estão descobrindo que, embora não possam ser forçados a soprar o bafômetro, isso não significa que a recusa não tenha consequências.
Brasileiros descobrem que não podem ser obrigados a soprar o bafômetro, mas há um detalhe
De fato, nenhum motorista é legalmente obrigado a produzir provas contra si mesmo, um direito garantido pela Constituição Federal. Isso significa que, ao ser parado em uma blitz da Lei Seca, o condutor pode optar por não realizar o teste.
Mas há um ponto que precisa ser compreendido: a recusa não é isenta de sanção.
O Código de Trânsito Brasileiro, por meio do artigo 165-A, prevê que quem se nega a fazer o teste de alcoolemia está sujeito às mesmas penalidades aplicadas a quem dirige embriagado.
Essa punição inclui uma multa considerada gravíssima, atualmente no valor de R$ 2.934,70, e a suspensão do direito de dirigir por até um ano.
Em caso de reincidência no período de 12 meses, o valor da penalidade dobra e pode levar até à cassação da carteira de habilitação.
Ou seja, embora a recusa seja um direito, ela não isenta o condutor de arcar com as consequências administrativas da infração.
Bafômetro tem papel importante na segurança do trânsito
O bafômetro é um instrumento essencial nas fiscalizações porque fornece uma medida objetiva da quantidade de álcool no corpo do motorista.
Mesmo sem o teste, a autoridade pode constatar sinais de embriaguez por meio da observação clínica, como odor etílico, comportamento alterado ou dificuldade de equilíbrio, o que reforça a validade das autuações.
Portanto, mais do que um ato de cumprimento legal, respeitar os limites da lei seca é uma atitude de responsabilidade coletiva.
O trânsito só se torna seguro quando cada motorista entende que suas escolhas afetam não apenas sua própria vida, mas também a de todos ao redor.