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Esposa de Dylan Sprouse, Barbara Palvin revela diagnóstico e médica explica: ‘Não tem cura’

Barbara Palvin, esposa Dylan Sprouse, revelou diagnóstico e médica detalha os riscos da doença, além de explicar como o acompanhamento pode transformar vidas
Barbara Palvin (31), esposa do ator Dylan Sprouse (33), surpreendeu os fãs ao aparecer nas redes sociais direto do hospital para revelar que foi diagnosticada com endometriose, uma doença crônica e incurável que atinge milhões de mulheres no mundo.
Para compreender melhor o quadro e os desafios do tratamento, a CARAS Brasil conversou com a ginecologista endócrina Maira Campos, que explicou os impactos da doença e destacou a importância do acompanhamento médico constante.
O papel da ginecologia endocrinológica no tratamento
Segundo a especialista, o tratamento vai muito além do procedimento cirúrgico: “Como ginecologista endócrina, meu trabalho vai muito além da cirurgia. No pré-operatório, trabalho para otimizar o estado hormonal da paciente, muitas vezes usando análogos do GnRH ou progestágenos para reduzir a atividade da doença”, explicou.
Ela ressaltou que o acompanhamento após a cirurgia é essencial para garantir qualidade de vida e prevenir complicações. No pós-operatório, o acompanhamento hormonal é fundamental para:
- Prevenir recidivas através da supressão estrogênica adequada
- Manter a qualidade de vida sem comprometer a saúde óssea
- Personalizar o tratamento conforme os planos reprodutivos da paciente
- Monitorar e tratar os efeitos colaterais dos medicamentos.
“O que mais me orgulha é ver pacientes como a Barbara recuperarem sua qualidade de vida. Mas é importante entender que o tratamento é contínuo, não termina com a cirurgia“, reforçou a médica.
Riscos da endometriose a longo prazo
A especialista alerta que o diagnóstico precoce faz toda a diferença no controle da endometriose, já que as consequências podem ser graves quando a doença não é tratada corretamente. Quando não tratada adequadamente, a endometriose pode interferir:
- Fertilidade: A doença pode distorcer a anatomia pélvica e afetar a qualidade dos óvulos. Cerca de 30 a 50% das mulheres com endometriose podem ter dificuldades para engravidar.
- Qualidade de vida: A dor crônica pode levar à depressão, ansiedade e isolamento social. Vejo isso frequentemente no consultório.
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- Outros sistemas: A endometriose pode afetar intestino, bexiga e até mesmo pulmões em casos raros. A inflamação crônica também pode impactar o sistema imunológico.
- Complicações cirúrgicas: Quanto mais tempo sem tratamento, mais aderências se formam, tornando futuras cirurgias mais complexas.
Acompanhamento especializado é essencial
O cuidado contínuo, de acordo com a médica, é a chave para manter a doença sob controle. O acompanhamento especializado permite:
- Ajustes finos no tratamento hormonal
- Detecção precoce de recidivas
- Preservação da fertilidade quando desejada
- Manejo integrado da dor crônica
- Suporte psicológico quando necessário.
Por fim, a médica deixou um recado importante para todas as mulheres que convivem com a condição: “O que sempre digo às minhas pacientes é: endometriose não tem cura, mas tem controle. Com o tratamento adequado e acompanhamento regular, é possível ter uma vida plena e saudável. A história da Barbara é inspiradora porque mostra que não precisamos aceitar a dor como parte da nossa condição feminina”, concluiu.