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Ideias

“Não sabia que eu era tão poderoso”

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“Tarifaço imposto pelos EUA, e estimulado pela extrema direita, já provoca desemprego no Brasil” – Míriam Leitão, imortal. A culpa, como sempre, é do ex(tremismo de direita).

“Lamento que maus brasileiros trabalhem contra o país” – Geraldo Alckmin, o vice da Janja, sobre Eduardo Bolsonaro. A autoridade moral de Alckmin para acusar alguém de traição é digna de nota. Uma nota de três reais.  

“Agronegócio é o inimigo número um do Brasil” – Luiz Marques, professor da Unicamp. A fome e a miséria, então, devem ser as melhores amigas do povo, a exemplo das prósperas ditaduras vizinhas – que já derrotaram esse inimigo. 

“A gente nota que o nível está baixando quando os insultos de uma ex-prostituta – que se faz passar por santa neopentecostal – contra um estadista, viram manchetes” – Jean Wyllys, ex-BBB, caluniando Michelle Bolsonaro ao defender Lua. O Jean Wyllys cuspindo é um poeta. 

“Criticar sacanagem do INSS é fácil; bora criticar safadeza de banco privado” – Leonardo Sakamoto, blogueiro militante. Se é tão fácil, por que o nosso sommelier de safadezas nunca deu um pio sobre o assunto? 

“A pessoa que recrutava moças pobres de boa aparência para fazer o serviço sujo do senhor Camilo Santana virou senadora pelo Ceará” – Ciro Gomes, eterno candidato à Presidência, vociferando contra seu rival. Na política, as pessoas se submetem a papéis cada vez mais humilhantes. Algumas, no auge do desespero, chegam ao ponto até de apoiar o Ciro Gomes.

“A gente não sabe se vai ter muita gente ou não, porque isso aí já é um outro rolê. Mas eles vão tentar emplacar ainda mais esse lance da soberania” – Elisa Veeck, apresentadora da CNN Brasil, sobre possível evento de Lula no 7 de setembro. É a nova geração do jornalismo, com uma atitude mais descolada. Descolada da realidade. 

“Ninguém fala onde eu entro ou não” – Ronaldo Caiado, pré-candidato à presidência da República (União-GO), sobre seus habituais convescotes com Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso. Um político verdadeiramente independente, que não deve satisfação a ninguém. Sobretudo aos seus eleitores. 

“A CPMI não chega muito tarde para investigar algo que, pelo visto, já está bem esclarecido e o problema sendo resolvido?” – Valdo Cruz, comentarista da GloboNews, pergunta ao presidente da CPMI do INSS. O governo investigou a si mesmo e concluiu que é inocente. Caso encerrado. Nós já estamos até pagando a conta.

“Alckmin tem dado um show de dignidade nas tratativas do Brasil com os EUA” – Fernando Haddad, o “poste do Lula” e ministro da Fazenda. Não há ofensa maior do que receber um elogio de Fernando Haddad. 

“Engolimos mosca” – José Guimarães, o Capitão-Cueca, líder do governo na Câmara (PT-PE), após derrota na CPMI do INSS. Para evitar esse tipo de acidente, a recomendação é manter a boca fechada e a cueca limpa. 

“Preocupa um pouco ver pessoas sendo investigadas de objetos de ações sociais simplesmente por fazerem críticas” – Tarcísio Gomes de Freitas, governador de SP (Republicanos). Pega leve, Tarcísio! Com um discurso tão incisivo assim, daqui a pouco vão te confundir com o General Mourão. 

“Nos preocupa a presença de barcos de guerra americanos muito próximos da costa da Venezuela” – Celso Amorim, quebra-galhos do Itamaraty, sobre presença da marinha americana próxima ao país comandado por seu amigo, o ditador Nicolás Maduro. A preocupação pode até ser genuína. Os motivos, com certeza não são. 

“Os bancos americanos vão querer deixar de ter acesso à maior taxa de juros real do planeta Terra?” – André Perfeito, economista e cabo eleitoral, sobre os efeitos da Lei Magnitsky. Não poderia ser mais “Perfeito”: a maior virtude do governo é o fracasso. Em algum lugar de Brasília, Marcio Pochmann já teme pelo seu emprego. 

As Quentinhas da PF 

“Seu ingrato do c*” – Eduardo Bolsonaro, sobre o apoio do pai a Tarcísio, em áudio vazado pela PF. Com um vocabulário tão refinado, não me surpreende se um dia Eduardo acabar indicado ao STF. 

“Teu filho é um babaca” – Silas Malafaia, em áudio vazado a Jair Bolsonaro, falando sobre Eduardo. Falem o que quiser, mas os áudios do Petrolão tinham outro nível. Eram só conversas sobre propina, ameaças de morte e nomeações fraudulentas, sem essa baixaria de xingar o filho dos outros. Fidalguia pura. 

“Li o inquérito e saí com a conclusão de que é muito pior para a imagem desse clã, pela desqualificação, pela quantidade de palavrão” – Octávio Guedes, comentarista da GloboNews, sobre fofocas de WhatsApp vazadas pela PF. É aquele tipo de profissional completo: defende o seu lado, comenta a fofoca, e condena o palavrão… só não beija na boca. 

Cantinho do STF 

“O STF está sob ataque há mais de 15 anos, o que mudou foram seus adversários” – Marcus André Melo, professor da UFPE, em artigo na Folha de S.Paulo. É um ataque injusto. Tudo que o Supremo sempre quis foi um pouco de paz para poder legislar sossegado.

“Ditadura do Judiciário, coisa nenhuma: aproximar os ‘anos de chumbo’ da ditadura militar à imperfeita democracia do presente é muito grave” – Oscar Vilhena, professor de Direito da FGV-SP e Sergio Fausto, diretor-geral da Fundação FHC, em artigo no Estadão. A perfeição democrática, presume-se, somente será alcançada no dia em que o último opositor se tornar inelegível.

“Não existe a menor possibilidade de recuar nem um milímetro” – Alexandre de Moraes, autocrata sancionado e ministro do Supremo (STF-SP), em entrevista ao tabloide da esquerda americana, The Washington Post. O sancionadíssimo ministro garante: ele é do tipo que, mesmo à beira do precipício, continua marchando em frente com muito orgulho. 

“Quando você é muito mais atacado por uma doença, forma anticorpos mais fortes e busca uma vacina preventiva” – Alexandre de Moraes, admitindo agir fora de suas prerrogativas. A tal “vacina preventiva” é um coquetel de censura prévia, prisões arbitrárias e a suspensão de direitos. A boa notícia é que ela imuniza o poder contra qualquer sintoma de democracia. 

“Alexandre de Moraes é tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos EUA e seus mercados” – Departamento de Estado dos EUA, reafirmando o alcance da Lei Magnitsky. O Planalto Central não era exposto a algo tão tóxico desde o Césio-137. A diferença é que o Césio pelo menos tinha algum brilho. 

“O ministro Flávio Dino tomou essa decisão muito adequada em defesa do STF, e em particular do ministro Alexandre de Moraes” – Michel Temer, ex-presidente preso pela Lava Jato, elogiando decisão que quase levou os bancos à falência. Uma decisão adequada para proteger a Corte. Afinal, se for pra cair, que o STF leve o país junto. 

​“STF pega em armas para se defender e, se necessário, contra-atacar quem o ataca” – Eliane Cantanhêde, em coluna de opinião para o Estadão. Muito além de pegar em armas, parece que já até começaram a recrutar seus canhões. 

“Eduardo Bolsonaro envenenou a relação Brasil-EUA” – Alexandre de Moraes. Imagino que censurar cidadãos americanos e confiscar os bens de suas empresas foram gestos que, notoriamente, fortaleceram os laços de amizade. 

“Até agora não encontrei nenhum professor ou advogado brasileiro ou norte-americano que ache que a Justiça não iria reverter” – Alexandre de Moraes, revelando ter esperança em sua descondenação. Claro! Quem, em sã consciência, vai dizer para o Imperador – com o dedo médio em riste – que ele está nu? Nesses casos, alertam os psiquiatras, é melhor não contrariar. 

“Não sabia que eu era tão poderoso” – Flávio Dino, após decisão desastrada, que causou R$42 bilhões de perdas aos bancos brasileiros, ao tentar “suspender” a Lei Magnitsky no Brasil, só para depois arregar. Agora que descobriu seus superpoderes, só nos resta torcer para que ele não se empolgue e tente suspender a Lei da Gravidade para combater o newtonismo. 

Os 5 Estágios do Luto Pós-Lei Magnitsky 

“Ditaduras são regimes políticos em que há absoluta falta de liberdade, em que há tortura, censura, pessoas que vão para o exílio, ou são aposentadas compulsoriamente. Nada disso acontece no Brasil” – Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo (STF-RJ). O primeiro estágio é a NEGAÇÃO. Nele, a pessoa nega a existência de problemas, inventa desculpas esfarrapadas e finge que está tudo normal.  

“Vossa Excelência não está sendo fiel aos fatos” – Luís Roberto Barroso, visivelmente alterado, espancando o computador durante discussão com o colega Luiz Fux. Em seguida, vem a RAIVA. É quando a pessoa se descontrola, dá chiliques e desconta a frustração no objeto inanimado mais próximo. Normalmente acontece logo após almoço, quando seu cartão é rejeitado pela primeira vez. 

“A mentira deliberada prejudica, evidentemente, a busca pela liberdade possível e a participação esclarecida dentro do processo democrático” – Luís Roberto Barroso. O terceiro estágio é a BARGANHA. Aqui, a pessoa já admite que algo está errado, mas tenta negociar com a realidade, criando narrativas fantasiosas para se eximir de culpa. 

“Passamos de um país querido e admirado internacionalmente a um país olhado com desconfiança e desprezo” – Luís Roberto Barroso. Então, chega a DEPRESSÃO. As fantasias se desfazem e a dura realidade se impõe. A pessoa finalmente toma consciência da dimensão de seus atos, o que gera melancolia. 

“Eu estou feliz da vida” – Luís Roberto Barroso, negando desejo de aposentadoria. E, finalmente, a ACEITAÇÃO. A pessoa entende que não há o que fazer e aceita, porque dói menos. No caso do ministro, entretanto, a aceitação é só em dinheiro vivo ou PIX, por motivos óbvios. 

A Infantilização da Adultização 

“Não podemos brincar com esse assunto. Isso tinha que ser crime inafiançável e com a pena máxima” – Simone Tebet, ministra do (Sub-)Desenvolvimento, sobre a “adultização” das crianças. Eu já acho que devemos promover, com urgência também, a adultização da Simone Tebet. E a do Haddad. 

“Aqueles que forem pela aprovação do requerimento, permaneçam como se acham. Aprovado!” – Hugo Motta, presidente da Câmara (Republicanos-PB), aprovando, em um plenário vazio, a urgência de projeto “anti-adultização” que concede a Lula o poder de censurar redes sociais. Aprovado por aclamação… de ninguém. Está aí, mais uma vitória esmagadora da democracia brasileira! Dessa vez por W.O. Provando que, no Brasil de hoje, o silêncio é a maioria absoluta. 

Programa Mais Escravos 

“É um ato covarde, que atinge uma criança de dez anos de idade e que atinge minha esposa” – Alexandre Padilha, ministro da Saúde, sancionado com perda de visto por promover trabalho análogo à escravidão no Programa Mais Médicos. É um verdadeiro trauma geracional. Afinal, a base governista é composta por políticos de famílias que até hoje não se recuperaram do trauma da escravidão… ter sido abolida. 

“Ação contra Mais Médicos é iniciativa patética dos EUA” – editorial da Folha de S.Paulo, após sanções americanas. Lembrei de uma manchete do antigo pasquim Pholha de Sam Paulo: “A Ley Áurea he pathethica veleidade de Sua Alteza, a Princeza Izabel”.

“Qual é o crime de levar médicos para as pessoas?” – questiona Mozart Sales, criador do Mais Médicos. Está no Artigo 149 do Código Penal: “Reduzir alguém a condição análoga à de escravo”. Quer que a gente cheque o artigo sobre financiamento ditaduras também, secretário? 

A Semana do Molusco 

“Cachaceiro! Pinguço!” – Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, falando sobre Lula em evento no Nordeste. Mesmo sem ter sido condenada, Michelle cumpre pena tendo que aturar o marido em casa todo dia. Daí aproveitou a primeira “saidinha” para extravasar.  

“Todo mundo quer falar com o Brasil” – Lula. O problema é que é sempre um tirano perguntando se tem avião da FAB disponível, o Maduro pedindo PIX, o ditador de um país africano – que a gente nem sabia que existe – lembrando de uma promessa de empréstimo… E tudo ligação a cobrar! 

“Eu estou com a barriga cheia, acabamos de botar o Lula lá. Deixa ele tocar” – Eraí Maggi, latifundiário lulopetista. Eis o motivo de “salvarmos a democracia”: para o barão da soja encher a barriga enquanto manda o painho tocar o gado. 

“O esforço feito para ‘limpar’ o passado de Lula saiu completamente do controle” – Eduardo Sholl Machado, cientista político, em artigo n’O Globo. Para se “limpar” a biografia de um político, sujou-se um país inteiro.

“Um mandato incomodou, dois incomodaram mais, três incomodaram muito mais… imagina o quarto?” – Lula, ameaçando cometer mais um mandato contra o povo brasileiro. O primeiro “incômodo” foi o Mensalão. O segundo, o Petrolão. O terceiro, o Aposentão. Para o quarto, as empreiteiras já devem estar orçando a terraplanagem de Marte. 

Memória 

“Se Trump quiser retaliar governo Lula, quem perde é ele” – Alexandre Padilha, ministro da Saúde sancionado por práticas análogas à escravidão esta semana, em novembro de 2024. O triste fim do mosquito que ameaçou o para-brisas do caminhão. 

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