Celebridade
Médica alerta para cigarro eletrônico após desabafo de Solange Almeida: ‘Risco de câncer’

Solange Almeida desabafou sobre uso de cigarro eletrônico e impacto na saúde; em entrevista à CARAS Brasil, a Dra. Maria Cecília Maiorano alerta
Solange Almeida(50) foi uma das celebridades que usou sua visibilidade para falar sobre o perigo dos cigarros eletrônicos e o vício que o dispositivo causa. Em outubro de 2023, a cantora revelou que enfrentou sequelas graves devido ao uso excessivo, e teve lesões nos pulmões e cordas vocais. Hoje, ela está completamente recuperada, mas à epoca confessou.
“Aquela coisa de ver o amigo usando, eu nunca tinha usado. [Me disseram] ‘isso não tem problema, é a base de água, não tem nicotina’. Comecei a sentir dificuldade para respirar, minha voz já não saia mais direito, não era mais a mesma”, disse a cantora em entrevista ao Domingo Espetacular (Record) no ano de 2023.
O que diz a médica especialista?
Para entender mais sobre o assunto, a CARAS Brasil entrevista à Dra. Maria Cecília Maiorano, médica Pneumologista com residência médica em Clínica Médica na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e residência Médica em Pneumologia Universidade de São Paulo (USP). A profissional da saúde explica.
“O cigarro eletrônico, também chamado de vape, é um dispositivo que aquece um líquido e produz um aerossol para ser inalado. Esse líquido geralmente contém nicotina, aromatizantes e outras substâncias químicas. Ele foi criado como uma alternativa ao cigarro tradicional, mas tem muitos riscos à saúde”, declara.
Dados que chamam a atenção
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a projeção feita em 2012 indicava que, até 2030, o número de novos casos de câncer por ano chegaria a 20 milhões. No entanto, essa marca já foi atingida em 2022. Por isso, a Dra. Maria Cecília alerta para o uso do cigarro eletrônico.
- “Dependência da nicotina (dificuldade de parar)”;
- “Inflamação das vias respiratórias, tosse, falta de ar”;
- “Maior risco de bronquite, bronquiolite, crises de asma e doenças cardiovasculares”;
- “A longo prazo, provavelmente aumentará o risco de câncer. O dano ocorre ao longo de décadas, por ser uma prática relativamente recente, ainda não temos tempo para afirmar categoricamente”;
- “O vape pode causar uma lesão pulmonar aguda grave, chamada EVALI, que pode em casos extremos levar até à morte”.
Qual o tratamento?
Segundo a pneumologista, para quem quer largar o vício do cigarro eletrônico, é importante o acompanhamento com um médico especialista, pois o tratamento envolve algumas técnicas porque parar sozinho é difícil. As opções são:
- Terapia comportamental (aconselhamento, grupos de apoio);
- Medicamentos (como adesivos de nicotina, gomas de mascar de nicotina e bupropiona, que ajudam a reduzir a fissura);
- Acompanhamento multiprofissional (médico pneumologista, médico psiquiatra e psicólogo).
“O mais importante é entender que existe tratamento eficaz, e quanto antes a pessoa parar, maiores são os benefícios para a saúde”, finaliza a médica ao analisar casos como da cantora e compositora Solange Almeida.
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