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Barbara Palvin revela diagnóstico após cirurgia e médica alerta: ‘Dor não se limita’

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Em entrevista para CARAS Brasil, ginecologista explica diagnóstico de Barbara Palvin e quais sinais exigem atenção imediata

A modelo Barbara Palvin (31) revelou nas redes sociais que foi diagnosticada com endometriose, doença crônica e incurável que afeta milhões de mulheres no mundo. Com uma foto direto do hospital após cirurgia, publicada no último domingo (17), a top model detalhou sintomas e aproveitou para fazer um alerta importante às fãs.

Para compreender melhor a condição, CARAS Brasil conversou com a ginecologista endócrina Maira Campos, que explicou por que a endometriose ainda é tão difícil de diagnosticar e quais sinais não devem ser ignorados.

Por que a endometriose muitas vezes não aparece nos exames de rotina?

“Infelizmente, isso acontece porque a endometriose é uma doença complexa que não aparece em exames básicos como papanicolau ou ultrassom pélvico simples. Durante uma consulta ginecológica de rotina, muitas vezes o foco está na prevenção do câncer de colo de útero e DSTs“, afirma a médica.

Ela reforça que a falta de um olhar aprofundado pode atrasar o diagnóstico: “O que mais me preocupa é que muitas colegas ainda não fazem uma anamnese detalhada sobre o padrão menstrual. Quando pergunto às minhas pacientes ‘como é sua menstruação?’, elas frequentemente respondem ‘normal’. Mas quando aprofundo – ‘você precisa faltar trabalho? Toma quantos analgésicos? Tem que ficar de cama?’ – aí descobrimos que não é nada normal”, explica.

Segundo a especialista, os sinais mais negligenciados incluem:

  • Cólicas que não melhoram com analgésicos comuns
  • Dor durante a relação sexual
  • Alterações intestinais durante a menstruação
  • Fadiga extrema no período menstrual
  • Dor pélvica fora do período menstrual

O impacto hormonal e os sinais de alerta

A ginecologista destaca que a endometriose é uma doença estrogênio-dependente. “Ou seja, ela ‘se alimenta’ do estrogênio que produzimos naturalmente. Por isso, os sintomas costumam piorar durante a idade reprodutiva, quando os níveis hormonais estão mais altos”, detalha.

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Esse processo torna a inflamação persistente: “O que vejo no consultório é que o estrogênio estimula o crescimento do tecido endometrial ectópico, causando inflamação crônica. Isso explica por que a dor não se limita apenas ao período menstrual – há um processo inflamatório constante acontecendo”, diz.

Entre os principais sinais de alerta destacados pela médica estão:

  • Dor que interfere nas atividades diárias
  • Necessidade crescente de analgésicos
  • Sintomas que pioram progressivamente a cada ciclo
  • Dor que não melhora com anticoncepcionais comuns

Endometriose em jovens: quando procurar um especialista?

O alerta também vale para adolescentes, que muitas vezes naturalizam sintomas graves. “Essa é uma das minhas maiores preocupações. Vejo adolescentes que sofrem há anos porque ‘cólica forte é normal na família’. Não é normal, e quanto mais cedo diagnosticarmos, melhor o prognóstico”, ressalta.

Ela aponta que, nas mais jovens, os sinais podem ser mais sutis:

  • Faltas frequentes à escola durante a menstruação
  • Resistência a atividades físicas no período menstrual
  • Mudanças de humor extremas durante o ciclo
  • Dor que não melhora com ibuprofeno ou outros anti-inflamatórios

E reforça os critérios para buscar ajuda médica: “Recomendo procurar um especialista quando: a dor interfere na rotina por mais de três ciclos consecutivos, há histórico familiar de endometriose, os sintomas não melhoram com tratamento hormonal básico ou a jovem apresenta sintomas gastrointestinais cíclicos”, orienta.

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