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Primeiro buraco negro do universo é revelado por pesquisadores

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Um grupo de astrônomos anunciou a identificação do que pode ser o buraco negro mais antigo já registrado no universo.

A descoberta, baseada em dados do Telescópio Espacial James Webb (JWST), revela um objeto formado cerca de 500 milhões de anos após o Big Bang, o que o coloca como o mais distante e antigo buraco negro conhecido até hoje.

Primeiro buraco negro do universo é revelado por pesquisadores

A pesquisa foi conduzida por cientistas do Centro de Fronteira Cósmica da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, e os resultados foram publicados na revista Astrophysical Journal Letters.

A equipe analisava uma galáxia primitiva chamada CAPERS-LRD-z9, quando identificou indícios claros da presença de um buraco negro supermassivo em seu interior.

Esse tipo de buraco negro, com massas milhões de vezes superiores à do Sol, geralmente é encontrado no centro de galáxias mais maduras. Encontrá-lo em um sistema tão antigo e pequeno é algo que surpreendeu os pesquisadores.

O astrônomo Anthony Taylor, coautor do estudo, destacou o desafio envolvido: “Estamos chegando ao limite do que a tecnologia atual consegue observar. Localizar um buraco negro tão distante é como olhar para o universo em seu estágio infantil.”

Segundo ele, trata-se de uma oportunidade única de estudar como essas estruturas colossais surgiram e evoluíram nos primórdios do cosmos.

Representação artística de CAPERS-LRD-z9, lar do buraco negro mais antigo confirmado
Representação artística de CAPERS-LRD-z9, lar do buraco negro mais antigo confirmado – Imagem: Erik Zumalt/Universidade do Texas em Austin

Descoberta pode redefinir teorias sobre buracos negros

A galáxia que abriga esse buraco negro pertence a um grupo conhecido como “Pequenos Pontos Vermelhos”, que são objetos extremamente compactos que brilham com intensidade incomum em luz infravermelha.

Esse brilho chamou a atenção dos astrônomos logo nas primeiras imagens captadas pelo JWST, pois contradiz modelos tradicionais que previam um universo jovem menos iluminado e com menos estrelas em formação.

Steven Finkelstein, outro pesquisador envolvido no estudo, lembra que esses pontos vermelhos já haviam intrigado a comunidade científica desde o início das observações com o novo telescópio.

A confirmação de que alguns deles podem esconder buracos negros supermassivos apenas aumenta a complexidade, e o interesse, sobre como essas estruturas surgiram tão cedo.

Além de lançar luz sobre a infância do universo, essa descoberta pode redefinir as teorias atuais sobre a formação de galáxias e buracos negros.

Os cientistas agora buscam investigar outros objetos semelhantes para entender melhor os mecanismos que permitiram o surgimento dessas entidades tão rapidamente após o nascimento do universo.



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