‘Alegria Brasil’, filme em homenagem à cantora Maria Alcina, inicia filmagens

Alegria Brasil, longa estrelado pela cantora Maria Alcina e dirigido por Elizabete Martins Campos, já começou suas filmagens na cidade de Cataguases, Minas Gerais. Com mais de 50 anos de carreira, Maria Alcina, vem sendo pesquisada e filmada pela diretora e jornalista desde 2019.

Este é o segundo filme de Elizabete Martins Campo que retrata a ‘brasilidade’ por meio de ícones femininos da música nacional. Seu primeiro filme foi o premiado My Name is Now, Elza Soares (2014), que venceu a categoria de Melhor Longa-Metragem Documentário – Júri Popular e Melhor Trilha Sonora Original – Júri Oficial, no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em 2019, depois de passar por mais vários festivais e salas de cinema no Brasil e no exterior.

Alegria Brasil é um ensaio fílmico sobre a identidade brasileira, inspirado na vida e obra da cantora, numa mistura de documentário e cinema expandido, com instalações artísticas e interatividades e cerca de 35 músicas na trilha sonora, entre composições inéditas feitas para o projeto e grandes clássicos da MPB.

O roteiro reúne letras que refletem o Brasil de ontem e de hoje, valorizando a multiculturalidade brasileira, com músicas de diferentes compositores e épocas. Entre os nomes estão Ary Barroso e João Bosco, ambos da Zona da Mata Mineira, além de Chico Buarque, Sergio Bardotti, Luis Bacalov — cujas composições são interpretadas pela primeira vez por Maria Alcina. A trilha também inclui obras de Caetano Veloso, Luiz Gonzaga, Aldir Blanc, Neguinho da Beija-Flor, Sérgio Sampaio, Chacal, Moraes Moreira, Anastácia, Liane, Gambier, Wado, Zeca Baleiro e Arnaldo Antunes.

Além disso, o filme incorpora canções inéditas de novos talentos, vencedores do Concurso de Música Autoral para Cinema, realizado pelo projeto em 2023. Entre as revelações estão Thaylis Carneiro, Levi Marcelino, Emanuel Messias, Eric do Vale e Salvador Sassá — todos naturais de Cataguases.

Alegria Brasil estabelece diálogos diretos com as diversas linguagens artísticas que compõem o cinema.  “Instalações fílmicas”, como por exemplo, em espaços simbólicos da cidade, vão acontecer. Entre elas, destacam-se projeções de imagens de cachoeira no monumento Portal Humberto Mauro, cenas musicais na Concha Acústica, de Francisco Bolonha, em homenagem ao músico Patápio Silva, além de locações em jardins de Burle Marx, obras de Oscar Niemeyer, Cândido Portinari e da pintora cataguasense Djanira.

A participação da comunidade é um dos pilares do projeto. Músicos locais foram convidados para as gravações, e moradores da região terão a oportunidade de participar em cenas, como a que será filmada na comunidade do Taquara Preta, com a Escola de Samba Unidos do Taquara Preta — que, em 1989, homenageou Maria Alcina com um samba-enredo dedicado à artista, contando com sua presença no desfile daquele ano. A cena também contará com o tradicional Bloco Rebenta, fortalecendo os laços entre cultura popular, música e cinema. Interessados devem acessar o site do filme e se cadastrar previamente. 

A produção do longa-metragem tem cronograma ao longo do segundo semestre de 2025. O lançamento oficial deve ocorrer no segundo semestre de 2026.

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