Celebridade
Médico explica o tipo de câncer que atingiu Fernanda Rodrigues e dá orientações

A atriz e apresentadora Fernanda Rodrigues compartilhou o retorno do câncer de pele e alertou sobre a importância de observar o próprio corpo
A atriz e apresentadora Fernanda Rodrigues, de 45 anos, usou suas redes sociais nesta semana para revelar que o carcinoma, que havia sido retirado no ano passado, voltou a aparecer. A atriz contou que percebeu a mancha em seu corpo por estar atenta às mudanças e procurou sua dermatologista, que confirmou o diagnóstico de câncer de pele. Agora, Fernanda passará por uma nova cirurgia para remoção da lesão.
Apesar do susto, a atriz tranquilizou os fãs: “Preciso me cuidar, me proteger. Esses resquícios do sol, vou ter que lidar com eles, ficar atenta e ir resolvendo. Está tudo certo, estou ótima, está tudo bem”, disse em vídeo.
Entenda o câncer de pele
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é o mais comum no Brasil, representando cerca de 33% de todos os diagnósticos oncológicos, com mais de 220 mil novos casos por ano. A maior parte é do tipo não melanoma (85%), geralmente menos agressiva, e 15% é do tipo melanoma, considerado mais letal.
O oncologista Rodrigo Perez Pereira explica que a principal causa da doença é a exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV), mas que ela pode ser prevenida com medidas simples, como o uso diário de protetor solar e hábitos de proteção solar.
“O câncer de pele é muito comum em um país tropical como o nosso, mas ainda há falta de conscientização. Medidas preventivas básicas podem salvar vidas e precisam ser reforçadas constantemente”, alerta Pereira.
Tipos de câncer de pele
O câncer de pele não-melanoma se divide em carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular.
- Carcinoma basocelular: é o mais frequente, com crescimento lento. Aparece geralmente como uma lesão nodular rosa, de aspecto peroláceo, nas áreas expostas do corpo, como rosto, pescoço e couro cabeludo.
- Carcinoma espinocelular: mais comum em homens, forma nódulos que crescem rapidamente, com ulceração difícil de cicatrizar.
Já o melanoma, embora menos frequente, é o mais agressivo e costuma surgir com pintas escuras que mudam ao longo do tempo, exigindo atenção imediata.
Diagnóstico precoce: a chave para a cura
O oncologista reforça que identificar a doença cedo aumenta consideravelmente as chances de cura, que podem ultrapassar 90% em casos detectados nos estágios iniciais. Pessoas de pele clara, trabalhadores rurais, pescadores e quem tem exposição solar intensa estão mais vulneráveis, mas qualquer pessoa pode ser atingida.
A regra do ABCDE ajuda a identificar sinais suspeitos:
- Assimetria: metade da lesão diferente da outra
- Bordas: contornos irregulares ou mal definidos
- Cor: várias tonalidades, como preto, marrom, vermelho ou azul
- Diâmetro: maior que 6 mm
- Evolução: alterações no tempo de tamanho, forma ou cor
Desinformação e cuidados com o sol
O aumento do uso das redes sociais trouxe riscos, como tendências perigosas e fake news sobre protetor solar. Algumas práticas, como aplicar o produto apenas em certas áreas do rosto, podem deixar partes desprotegidas, aumentando o risco de câncer de pele.
“Não há atalhos seguros quando o assunto é proteção solar. O protetor salva vidas e não há evidência científica de que ele cause câncer”, reforça Pereira.
Cuidados essenciais para prevenção
Para proteger a pele, os especialistas indicam:
- Usar protetor solar diariamente com FPS 30 ou superior
- Reaplicar a cada duas horas ou após contato com água
- Evitar o sol entre 10h e 16h
- Usar chapéus, óculos e roupas de manga longa com proteção UV
- Consultar dermatologista regularmente, especialmente se houver histórico familiar
Fernanda Rodrigues, com seu relato, reforça a importância da atenção ao próprio corpo, prevenção e acompanhamento médico contínuo, mostrando que mesmo o câncer de pele, quando identificado cedo, pode ser tratado com segurança.
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