Celebridade
‘Tipo mais agressivo de câncer de pele’

Claudia Raia tornou pública a informação de um diagnóstico; em entrevista à CARAS Brasil, o Dr. Jorge Abissamra explica o caso
Claudia Raia (58) conhecida pela sinceridade que sempre transmitiu ao público, abriu o coração ao relembrar um episódio envolvendo sua saúde na década de 1980. A atriz destacou a importância do apresentador Jô Soares (1938-2022), pois ela tinha uma pinta na perna e recebeu um alerta do artista.
“Ele viu uma pinta que eu tinha na perna, essa pinta era um melanoma cancerígeno. Ele me levou para o médico […] Ele disse: ‘Eu preciso te levar ao médico, (ver) essa pinta’. Era um melanoma cancerígeno”, disse a atriz, em 2020, no podcast Simples Assim, apresentado por Angélica. No fim, a pinta foi retirada, e Cláudia Raia está completamente recuperada.
O que diz o oncologista?
Para entender mais sobre o assunto, a CARAS Brasil entrevista o Dr. Jorge Abissamra, médico oncologista e coordenador da Oncologia da Hospital Santa Clara e coordenador da Oncologia da HapVida Intermedica NotreDame. Ele explica.
“O melanoma é um tipo de câncer de pele que se origina nas células produtoras de pigmento, chamadas melanócitos. É considerado o tipo mais agressivo de câncer de pele, pois tem alta capacidade de se espalhar (metastatizar) para outros órgãos se não for diagnosticado e tratado precocemente”, declara.
Quais os sinais?
Os sinais mais comuns são mudanças em pintas ou manchas na pele, como aumento de tamanho, alteração de cor, formato irregular, bordas mal definidas, assimetria, sangramento ou coceira. O oncologista avalia que a regra do ABCDE ajuda a identificar:
- A (Assimetria) – uma metade diferente da outra;
- B (Borda) – contornos irregulares;
- C (Cor) – variação de tons (marrom, preto, avermelhado);
- D (Diâmetro) – maior que 6 mm;
- E (Evolução) – qualquer mudança ao longo do tempo.
Dados que chamam a atenção
Segundo dados da Organizção Mundial de Saúde (OMS), em 2022, estima-se que 330.000 novos casos de melanoma foram diagnosticados em todo o mundo. Por isso, o Dr. Jorge Abissamra, médico oncologista, alerta sobre o assunto.
“O tratamento depende do estágio. Quando diagnosticado cedo, a cirurgia para retirada da lesão costuma ser suficiente para a cura. Nos casos mais avançados, podem ser necessários tratamentos complementares como imunoterapia, terapias-alvo e, em alguns casos, quimioterapia. Hoje, as terapias modernas têm aumentado significativamente as taxas de sobrevida, principalmente quando o diagnóstico é precoce”, finaliza ao analisar casos como da apresentadora Claudia Raia.
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