A variante XFG da Covid-19, também conhecida como “Stratus”, foi detectada no Brasil, principalmente no Ceará, conforme informação da Secretaria de Saúde do Estado. A nova variante também já apareceu em 38 outros países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Desde 25 de junho de 2025, a OMS monitora a XFG, classificada como “variante sob monitoramento”, devido à sua alta transmissibilidade. Esta variante é resultado da recombinação genética das sublinhagens LF.7 e LP.8.1.2 da Ômicron. Além disso, apresenta um sintoma distintivo: rouquidão.

O sintoma de rouquidão associado à XFG, identificado pelo Centro Médico da Universidade de Nebraska, é uma característica nova, não observada em variantes anteriores. Pacientes relatam garganta seca e irritada, o que altera a voz.

Apesar desse novo sintoma, os casos não apresentam aumento da gravidade da doença até o momento, conforme relatório da OMS. A variante também foi confirmada no Rio de Janeiro, onde representava 62% dos genomas analisados no início de julho.

Rouquidão

A rouquidão tem sido um critério interessante na identificação da XFG. Além dela, sintomas comuns da Covid-19 persistem, como febre, tosse e dor de cabeça. No entanto, a rouquidão se destaca por ser uma nova adição ao conjunto de sintomas, oferecendo uma pista valiosa para a detecção da variante.

Transmissão elevada

A variante XFG, apesar de não ser considerada de alto risco global, tem demonstrado alta taxa de transmissibilidade. Virologistas observam que suas mutações permitem escapar de parte da resposta imunológica.

Sua presença global aumentou rapidamente, de 7% para 22% dos casos sequenciados. No Brasil, além do Ceará e do Rio de Janeiro, foi detectada em São Paulo e Santa Catarina, incitando um aumento de casos que coincide com a sua disseminação.

Vacinas e recomendações

As vacinas aprovadas continuam eficazes contra a XFG, especialmente na prevenção de manifestações graves da doença. Isso reforça a importância da vacinação em dia e das precauções sanitárias habituais, como uso de máscaras e higiene regular das mãos.

As autoridades de saúde destacam a necessidade de vigilância genômica para acompanhar a propagação e mutações da variante.

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